Índice de qualidade de jogo

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade
Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade

As discussões sobre o cenário atual do futebol brasileiro são constantes. Em fóruns, congressos, redes sociais, imprensa e, inclusive, na própria CBF, tem sido possível observar debates que apresentam como núcleo central os questionamentos sobre o que deve ser feito para que o Brasil, país do futebol, retome a hegemonia de outrora.

As soluções, apontadas nestes debates, passam pela melhor gestão empresarial dos clubes de futebol, que devem ser mais responsáveis e sustentáveis, nas condições estruturais de trabalho, no investimento nas categorias de base, na capacitação permanente dos treinadores, na retomada da essência do futebol brasileiro (ofensivo, criativo, técnico e imprevisível) e na série de desdobramentos que cada um destes tópicos proporciona.

Um elemento que tem provocado bastante discussão e, para muitos, comprova o quanto estamos atrasados em comparação a outros centros diz respeito à qualidade de jogo apresentado por nossas equipes e, até então, a nossa incapacidade em revertermos este quadro.

Quando ouvimos a expressão qualidade de jogo e a associamos ao futebol brasileiro, é inegável que remetemos a um jogar de elevados atributos técnicos. É inegável também que, a cada dia que se passa, estamos mais distantes deste nível de jogo.

Em sua opinião, quais elementos podem definir a qualidade de jogo de uma equipe brasileira?

A coluna desta semana traz, abaixo, uma proposta de análise quantitativa que tem como objetivo a identificação do desenvolvimento de um jogo dominante, de imposição ao adversário e que, consequentemente, pode apontar para um jogo qualificado.

Os dados, que devem ser analisados a partir de um jogo da equipe, são os seguintes:

• Número de recuperações da posse de bola no campo de ataque;

• Número de chutões após a recuperação da posse;

• Número de chutões com a equipe em organização ofensiva;

• Número de passes horizontais ou para trás no campo de ataque;

• Número de passes verticais no campo de ataque;

• Número de dribles que geram desequilíbrio no terço final;

• Número de finalizações certas;

• Tempo médio de recuperação da posse de bola;

Para encontrarmos valores de referência, é possível escolhermos equipes e seleções que tentam praticar um jogo dominante e fazermos tal análise que dispensa recursos tecnológicos mais avançados.

Além disso, é possível estabelecer os valores de referência da própria equipe que, teoricamente, devem aumentar com o decorrer da temporada.

Argumentos não faltam para que nos diferentes contextos/ambientes nossos treinadores abram mão de um jogar dominante: gramados ruins, jogadores com pouca qualidade, instabilidade no cargo, pouco tempo para treinar ou até o risco de se expor querendo ser o “dono” das ações do jogo.

Enquanto espectador (que é aquilo que somos quando não medimos palavras para criticar o futebol praticado pelo país afora), como seria assistir a uma partida com grande número de recuperações da posse de bola no campo de ataque, sem chutões, com trocas de passes e dribles constantes no campo ofensivo e sem abrir mão da busca mais rápida possível pelo gol adversário?

Enquanto agente do meio talvez seja momento de, ao invés de encontrarmos argumentos para não praticarmos um jogo dominante, encontrarmos para praticá-lo. A situação atual do nosso futebol deveria um grande e bom motivo.

Que não sejamos espectadores, ou repetidores do atual círculo vicioso do futebol brasileiro. Precisamos de transformadores! Você pode ser um deles! 

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Share on pinterest

Deixe o seu comentário

Deixe uma resposta

Mais conteúdo valioso