A desmotivação e o treinador

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Recentemente comentei aqui sobre a ciranda dos treinadores nas equipes de futebol do Campeonato Brasileiro nas suas principais divisões. Sugeri reflexões quanto as alternativas dos clubes entre se anteciparem aos primeiros sinais de baixo desempenho e promoverem rapidamente uma troca de comando ou se seria melhor terem um pouco mais de paciência, validarem a confiança no trabalho que está sendo desenvolvido e aguardarem um pouco mais para que o trabalho amadureça e apresente seus melhores resultados.

Na ocasião mencionei que o material humano era um pilar fundamental para o desenvolvimento do trabalho do treinador e sobre este ponto vou compartilhar com vocês um fator que muitas vezes pode ser levando em consideração no processo de melhoria do desempenho das equipes de futebol.

Muitas vezes, apenas trocar de comando traz uma falsa sensação de motivação, o que na verdade nada mais seria do que um espasmo de motivação momentânea que eventualmente não se sustenta, fazendo com que os atletas voltem a estarem desmotivados.

Então quero comentar um pouco sobre a motivação do atleta. Essa pode ser descrita como um fenômeno no qual uma pessoa, atleta ou não, previamente motivada para uma atividade no campo profissional ou pessoal perde o devido interesse pelo que faz. Eventualmente isso pode ocorrer diante de uma situação de grande estresse causado por trabalho excessivo, acompanhado de exaustão física e emocional. Isso acontece na prática por que tudo que o cérebro humano associa a dor ou desprazer carrega uma forte tendência em ser eliminado ou evitado, dificultando com que as pessoas possam atingir seu melhor desempenho ou estado de flow.

Podemos estar atentos a algumas condições que mais podem levar à desmotivação, tais como:

• Dificuldades por parte do atleta em dizer não para pessoas e situações que tiram o foco, a concentração e energia da sua performance;

• Situações excessivamente longas de tensão ou pressão que se estendem por muito tempo e não se resolvem;

• Quando metas são estabelecidas muito além do possível ou alcançável, o que traz insatisfação no atleta pelo fato de jamais se materializarem.

Alguns sintomas podem nos ajudar a perceber a desmotivação na rotina do atleta, sem que percebamos ela se instala através de um processo lento e pode se expressar de forma física ou mental. No caso de expressão física podemos notar sensações mais intensas e recorrentes de fadiga do atleta ou uma eventual vulnerabilidade imunológica. Em relação a expressão mental podemos notar uma certa perda de controle dos compromissos e tarefas por parte do atleta, bem como uma tendência crescente a adoção de pensamentos negativos. Esses sintomas não são exaustivos, mas podem nos dar uma ideia sobre como a desmotivação pode aparecer.

Certamente um processo de coaching pode contribuir muito com os atletas nestas situações, utilizando e aplicando ferramentas que podem contribuir na prevenção da desmotivação e na reversão deste quadro.

Assim, podemos perceber que eventualmente existem recursos adicionais à disposição dos clubes de futebol a serem utilizados junto às suas equipes, para que os atletas possam responder positivamente ao trabalho realizado pela comissão técnica e evitando em alguns casos o desgaste da troca prematura de comando da equipe no início ou no decorrer de uma competição.

Até a próxima. 

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