Argentina: lei que obriga a tecnologia no futebol

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Nesta segunda feira, tomaram eco na Argentina os dizeres da deputada Silvia Vázquez sobre o interesse de apresentar um projeto de lei que determine o uso da tecnologia no futebol.

Preocupada com os recentes gols mal assinalados no campeonato argentino, a deputada defende que a utilização dos “olhos de falcão”, câmera auxiliar que seria consultada pela arbitragem, ajudaria a tornar o futebol mais transparente. Mas não só nesse aspecto a deputada argentina se fundamenta para defender seu projeto. Ela aponta que o uso de tal recurso ajudaria a dirimir as dúvidas sobre a possível má fé que se levanta em formas de especulação sobre alguns árbitros e, consequentemente, contribuiria para a diminuição da violência no futebol, uma vez que ela acredita que muitos atos hostis têm origem na indignação de atletas e torcedores a respeito dos erros dos árbitros

“Se trata de establecer el impacto que algunos arbitrajes tienen respecto de la violencia. Pero hemos visto que no hay sectores que empujen este cambio, porque incluso lo envié a la AFA y no tuve respuesta”*

“El error humano no es el que genera la indignación, sino la acción dolosa del mismo, del que siempre se sospecha”.*

Difícil falar se isso será levado a diante ou não. Mas vale a reflexão.

Muito provavelmente, como a própria deputada já percebeu, os órgãos que gerem o futebol vão virar as costas para esse fato. Porém, se o projeto ganhar corpo e for de fato implementado teremos ai um grande marco político-esportivo.

A Fifa, que não aceita de modo nenhum interferência em suas decisões, vai ser capaz de frear esse movimento? Como de praxe, deve ameaçar o país de eliminação de competições internacionais e essas coisas que sempre utiliza para colocar medo naqueles que ousam quebrar seu poder. Porém, será que consegue fazer frear esse movimento com uma seleção de renome como a seleção argentina?

E há outro fator que devemos levantar, Por mais que exista essa rivalidade entre brasileiros e argentinos, temos que “tirar o chapéu” para o povo de nosso país vizinho quando se trata de reivindicações e postura firme frente a qualquer situação (o que para muitos piadistas brasileiros é tratado como arrogância), uma postura de enfrentamento sem receio das consequências que serão tomadas.

Não sei o que deste projeto vai realmente acontecer, mas imagino que caso a Fifa não mude sua postura e aceite a tecnologia no futebol, e se a deputada Silvia Vázquez conseguir implementar esse projeto, a briga vem pesada e forte.

Minha opinião: não acho que o parlamento de um país necessite intervir desta maneira no jogo, porém, na medida em que as injustiças e erros humanos, que podem sem muito alarde diminuir com o advento da tecnologia, são influenciadores e ajudam a gerar violência e dúvidas sobre a idoneidade do jogo, creio que o problema passa a ser maior e vá além das quatro linhas

E você, o que acha?

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br

* http://www.infobae.com/futbol/542263-100902-0-Por-ley-quieren-que-se-use-tecnologia-el-futbol-argentino

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