Armadilhas do baixo desempenho esportivo

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Tenho ouvido muito falar sobre os problemas cotidianos dos clubes de futebol.
Convivemos com as famosas trocas de treinadores, dispensas e contratação de atletas e o desempenho geral muitas vezes não se altera para melhor, como esperam os gestores envolvidos no ambiente esportivo.
Pois bem, tenho feito palestras nas organizações sobre um tema chamado satisfação e plenitude profissional e me parece que este assunto se torna bem adequado para o universo corporativo.
Hoje vivemos numa situação em que poucas vezes percebemos uma sensação de satisfação ou plenitude profissional ao final dos nossos dias de vida. Deitamos a noite no travesseiro e poucas vezes nos sentimos plenos, parece que sempre nos falta algo e predomina a sensação de que estamos aquém do desempenho que um dia já apresentamos em nossas atividades profissionais.
No esporte me parece acontecer algo semelhante na atualidade, pois os clubes conseguem em muitos casos obter atletas de desempenho reconhecido para incorporar ao elenco a qualidade desejada, mas na prática tudo não acontece como se espera. E aí, na sequência, se dispensa o jogador ou a comissão técnica.
Eu acredito que algumas armadilhas que impedem o melhor desempenho estão cada vez mais presentes no dia a dia do esporte, isso por consequência impede que os envolvidos percebam a sensação de satisfação e plenitude profissional. O pior é que eventualmente os atletas podem ficar perdidos nas armadilhas por longos períodos de tempo, fazendo com que sua performance caia cada vez mais e com isso sua confiança nas capacidades profissionais chega quase a zero.
As armadilhas que percebo são:
Repetição de comportamentos
Fazer sempre as mesmas coisas nos condiciona que repetir estas ações podem garantir a nossa sobrevivência. Por isso chegamos até onde chegamos em termos de sobrevivência da espécie humana. Isso se exemplifica na metáfora dos animais, dos mamíferos principalmente, pois quando eles descobrem uma fonte de água por exemplo, não procurarão mais outra a não ser que ela seque! Não correrá riscos de ser agredido por um predador ao procurar outras fontes de água. Somos programados para repetir comportamentos. E para mudar precisamos ter uma energia a mais, ou seja, necessitamos estabelecer uma meta ou um objetivo.
Dar poder excessivo ao outro
Nós eventualmente passamos a dar mais poder aos outros do que a nós mesmos. Muitas vezes nós deixamos de realizar algo ou nos limitamos pela crítica do outro, dando a ele um poder para decidir sobre o que devo ou não fazer e realizar. Um atleta que deixa de se empoderar para empoderar ao outro pode ficar com suas capacidades esportivas seriamente comprometidas, tendo em vista que deixa de ser criativo e arriscar durante a prática esportiva. Com isso se deixa de materializar muitas coisas pelo simples fato de ter medo de não conseguir a adesão desejada às nossas ideias, sonhos ou desejos.
Contrariar a natureza humana
O ser humano possui uma essência criativa, inventiva, sonhadora e cooperativa por natureza. Porém, quando nos limitamos pela repetição de comportamentos ou pelo poder excessivo dado ao outro, acabamos por contrariar essa natureza e deixamos de ter ou compartilhar nossas ideias ou sonhos. Ficamos restritos a concordar com os demais e eventualmente discordar, mas nunca com coragem ou capacidade suficiente pãoara irmos além. E esta limitação mental no esporte pode ser fatal para a carreira de qualquer atleta.
Não assumir responsabilidade
Como consequência das armadilhas anteriormente citadas, acabamos por não assumir algumas responsabilidades e deixamos de protagonizar em nossa vida. Preferimos por assumir posturas mais vitimadas nas quais podemos nos proteger do outro. Para um atleta de alta performance, o protagonismo é condição essencial para o seu desempenho profissional, não existe espaço para a baixa performance e para a falta de confiança que permitiria a aparição do lado extraordinário dos talentos esportivos.
Ou seja, amigo leitor, quando os atletas ou qualquer um de nós permanecemos envolvidos nessas armadilhas, o ciclo vicioso da não plenitude se fecha em nós, pois repetimos comportamentos (bons e ruins), damos poder demais ao outro, o que nos faz contrariar nossa natureza humana de criatividade e cooperação, e passamos a não ser mais protagonistas de nossas vidas, seja na face profissional ou pessoal.
Então, cuidado com essas armadilhas e vamos buscar uma vida mais plena e satisfatória no universo esportivo! Até a próxima.

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