Marcelo Oliveira e Celso Roth demitidos: faltou planejamento?

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Nos últimos dias duas trocas de técnicos em grandes clubes pegaram de surpresa os torcedores. Primeiro, o Internacional, na luta pelo rebaixamento, demitiu Celso Roth faltando duas rodadas para o final do Brasileirão. Mais recentemente, após a derrota em casa por 3 x 1 para o Grêmio, na final da Copa do Brasil, o Atlético demitiu Marcelo Oliveira.

A gestão profissional moderna tem visto como boa prática o investimento na manutenção dos treinadores em projetos de maior prazo sem interferências passionais de resultados imediatos.

Um grande exemplo de sucesso é o Atlético Nacional da Colômbia, atual campeão da Libertadores que desde 2012 teve apenas dois técnicos e está há dois jogos de ganhar a Copa Sul-Americana e ser o primeiro clube a unificar os títulos.

O Internacional, que está a 3 pontos do Vitória na luta contra o rebaixamento, fará os dois jogos da vida para evitar a tragédia do rebaixamento e comprometer a temporada de 2017.

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O Atlético Mineiro, por seu turno, precisa de uma improvável vitória por 3 gols de diferença, em Porto Alegre para conquistar um título e entrar na fase de grupos da Libertadores, já que não alcançará o G3 do Brasileirão.

Estar na fase de grupos da Libertadores em 2017 é ainda mais importante, pois na pré-libertadores serão 16 equipes lutando por 4 vagas com grandes equipes argentinas e brasileiras que podem, inclusive, se cruzar antes em um dificílimo mata-mata.

O momento de “tiro rápido” das duas equipes faz com que a técnica seja menos importante que a motivação. Atlético-MG e Internacional possuem bom elenco e que não condiz com as atuações da equipe. Marcelo Oliveira tinha em mãos aquele que, para muitos, é o maior elenco do Brasil, mas não conseguiu resultado condizente com o plantel. Celso Roth, por seu turno, tinha um elenco razoável com potencial para brigar pelo G6, mas luta desesperadamente para não cair.

Grandes empresas, em situações pontuais, também trocam o seu gerente para motivar a equipe. Especialmente, na área de vendas, quando as metas precisam ser alcançadas e um experiente gerente de vendas não consegue bons resultados, apesar das boas práticas, um motivador pode conseguir um resultado em “tiro curto”.

Não se trata de mudança por falta de planejamento, mas por percalços que fazem parte de qualquer projeto.

O próprio Internacional tem uma experiência de sucesso quando, na Libertadores de 2010, trocou de treinador na reta final da competição e conquistou o bicampeonato.

Se Atlético-MG e Internacional terão sucesso, só o tempo irá dizer, mas o fato é que, a troca do comando da equipe era a única medida possível para motivar bons jogadores a conseguirem um resultado difícil, mas possível.  A busca pela motivação é a última saída para gaúchos e mineiros salvarem a próxima temporada.

Não há dúvidas da necessidade de se realizar um trabalho de longo prazo, mas há situações como as aqui aventadas, tão pontuais e extraordinárias que os dirigentes precisam ter coragem e agir.

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