O círculo virtuoso da rivalidade futebolística

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Quando o Atlético Paranaense sagrou-se campeão nacional em 2001, uma série de tabus foi quebrada pelo pequeno clube do Paraná. Com torcida menor que a do rival Coritiba no estado, o Furacão recorreu ao planejamento estratégico para conseguir o que parecia impossível: repetir o feito de seu maior rival e ganhar um Brasileirão.
 
Quatro anos depois da façanha, quase que o Atlético conseguiu um título jamais pensado em sua história: a conquista da Copa Libertadores da América, mais cobiçada competição do continente. Se o título ficou na trave do pênalti desperdiçado por Fabrício quando o São Paulo ganhava por 1 a 0 (depois viriam mais três na incontestável goleada tricolor), o mesmo não se pode dizer do futebol paranaense.
 
O Atlético conseguiu criar um círculo virtuoso no planeta bola de seu estado. O sucesso do projeto do Furacão fez com que seus rivais locais despertassem para a nova realidade do esporte. Hoje, a estrutura do Atlético não deve nada a nenhum time da Europa de alto escalão.
 
Para não ficarem defasados em seu estado e não verem seus torcedores debandarem para outro clube, os demais times do Paraná decidiram apostar na mesma fórmula do Furacão: dar carinho e conforto à torcida.
 
Até o final do mês o Paraná deve estrear seu novo estádio. Moderno, confortável, com boa localização e fácil acesso ao público, o local é um concorrente do Atlético. Da mesma forma, desde 2004 o Coritiba injeta dinheiro em melhorias do Couto Pereira.
 
Pode até ser que essas ações não resultem em novas conquistas para as torcidas dos dois times. Mas, para o povo paranaense, sem dúvida que ir aos estádios no final de semana deixou de ser um programa para aventureiros.
 
Locais confortáveis, estacionamento amplo, lojas de conveniência. Tudo e mais um pouco tem nos três estádios do Paraná. Por que? Porque a rivalidade do futebol impulsiona a concorrência salutar entre os clubes. E o torcedor é o principal beneficiado, já que isso significa novos e melhores serviços para ele, tal qual acontece com a quebra de monopólio nos diversos setores de nossa indústria.
 
Agora, tal qual acontece no mundo capitalista, resta trabalhar para fazer com que os grandes e ambiciosos projetos apareçam e se concretizem. Não apenas esperar o rival para lançar uma cópia de um projeto com uma outra cara um pouco diferente a princípio, mas que não muda na essência.

Para interagir com o autor: erich@universidadedofutebol.com.br

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