Performance no futebol: melhorar ou manter? Treinando ou jogando?

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Na teoria todos os profissionais que estão ou pretendem atuar no futebol imaginam que uma sequência bem elaborada de treinamentos pode melhorar o desempenho individual e coletivo de seus atletas e, respectivamente, de sua equipe.

Os mais otimistas vislumbram que dentro das mais modernas tendências atuais de treinamento estão todos os segredos e soluções do futebol, e que as simples aplicações desses métodos resolvem de forma efetiva e imediata todos os enigmas físicos, táticos, técnicos, cognitivos e comportamentais do futebol brasileiro e, porque não, mundial.

Muito antes de discutir esse mérito temos que entender o conceito de performance e entender até que ponto é possível melhorar de forma tão efetiva, ao longo de toda a temporada, o rendimento de todos os seus jogadores.

O futebol é um esporte aberto que abrange diversas demandas motoras onde inúmeros componentes interferem no rendimento físico, técnico e por consequência tático dos jogadores e da equipe.

É muito difícil mensurar o que é performance no futebol e o desafio fica ainda maior quando tentamos analisar se melhoramos (ou perdemos) rendimento com o treino, já que boa parte do desempenho dos atletas estão relacionados com a individualidade biológica, com o “pacote biológico” de cada ser humano.

Por vezes me parece que se treina muito por treinar sem de fato saber aonde se quer chegar nem pouco o que se quer fazer para buscar o rendimento.

Um grupo de trinta indivíduos completamente diferente geneticamente (fenótipo e genótipo) realizando os mesmos exercícios, com a mesma carga ao longo do mesmo ano com o intuito de melhorar a performance de forma unificada. Parece correto para você?

Pois é desse jeito que muitos times treinam e acreditam que melhoram o desempenho de seus atletas. Mesmo muitos desses times contando com departamento de fisiologia, que poderia assegurar uma individualização no treino de cada jogador, pouco ou quase nada se modifica na maior parte dos clubes.

O que percebemos é que por vezes clubes que reclamam do calendário, às vezes deveriam agradecer pois quando tem uma boa logística de recuperação entre jogos (nutrição, fisiologista, descanso)  o próprio jogo por si só já cumpre a função de melhorar a performance de forma específica dos seus jogadores.

Penso que a ideia de melhorar a performance deve ser antes de mais nada modificada pela manutenção de rendimento específico dos jogadores ao longo da temporada.

E durante essa temporada a equipe de trabalho poderia ter a condição de detectar qual a real necessidade de cada atleta e treiná-lo, quando possível de forma individualizada e não todos de forma generalizada.

O ganho de performance de um jogador de futebol é evidente e possível quando se respeita alguns princípios do treinamento desportivo, tais como sobrecarga, individualidade biológica, reversibilidade e especificidade, mas sem dúvida nenhuma o princípio da continuidade nesse caso, quando respeitado será o determinante para conseguir aumentar o rendimento de cada atleta a longo prazo.

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