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Os treinadores do futebol brasileiro têm passado por situações inusitadas em promover os melhores desempenhos de suas equipes e isso deixa para nós a impressão de que pode haver algum problema de comunicação entre os treinadores e seus atletas.

No esporte, como em qualquer campo de relacionamento profissional, podem existir barreiras à comunicação efetiva entre todos os envolvidos.

Estas barreiras são geralmente restrições que podem ocorrer dentro ou entre as etapas do processo de comunicação, fazendo com que nem todo sinal emitido pela fonte de informação (o treinador) percorra o processo e chegue incólume ao seu destino (os atletas). Segundo Chiavenato, o sinal emitido pode sofrer perdas, distorções, ruídos, interferências, ampliações ou desvios.

Já ouvimos algumas vezes treinadores argumento que os atletas não compreenderam a filosofia que seria implantada ou a concepção de futebol que seria inserida no clube A ou B. Esta declaração talvez já não teria para nós um indício de que algo na comunicação está errada?

A resposta a esta pergunta é sim, existe algo de falho na comunicação. Mas para que os treinadores estejam atentos quanto à qualidade de sua comunicação, compartilho as principais barreiras à comunicação efetiva dos treinadores no futebol, conforme definição de Laios citado na literatura de Dietmar Samulski.

• Tempo limitado: Durante as partidas, geralmente o treinador tem um tempo limitado para conversar com os atletas em particular, como nos intervalos por exemplo. Neste curto período de tempo, o treinador deve transmitir algumas instruções e pensamentos, bem como ter a certeza de que os atletas entenderam a mensagem.

• Linguagem: Muitas vezes ao treinadores utilizam uma linguagem muito científica e de difícil compreensão para a maioria dos atletas, isso dificulta e compromete o processo de comunicação.

• Habilidade de percepção: Significa que todo atleta tem uma percepção e decodificação diferente da mensagem enviada pelo treinador.

• Condição emocional: Em muitas ocasiões os atletas não entendem o que o treinador está passando pelos simples fato de estarem em condições emocionais ruins. Nervosismo excessivo, irritação e estresse elevado são exemplos de fatores que demonstram um desequilíbrio emocional do atleta.

• Fatores externos: São outros fatores que não estão relacionados diretamente com o ambiente de treinamento e por isso estão fora do controle do treinador, como por exemplo manifestação de torcedores que é uma situação que pode causar distrações dos atletas.

Então, cabe aos treinadores estarem atentos quanto à comunicação com seus atletas e o quanto isso pode ser decisivo para o desempenho de suas equipes. Comuniquem-se!

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