A bola não entra por acaso

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O Internacional acaba de conquistar, pela segunda vez, em 5 anos, a Copa Libertadores da América.

Não foi por acaso.

Nada é por acaso.

O processo evolutivo na gestão do clube passou por um período de diagnóstico, do qual o grande professor Medina foi o protagonista, na gestão anterior ao grupo que está comandando o clube há 8 anos. Naquela ocasião, a devassa no clube sugeria um conjunto de mudanças que passavam da cozinha ao ponta-esquerda.

O Internacional passou a equilibrar-se na gestão e nas finanças a partir de boas campanhas esportivas nas competições em que disputava. Essa é a premissa que interessa: um clube de futebol vive de conquistas esportivas, ainda que parciais. Participar de um torneio continental de clubes já é uma conquista.

O FC Barcelona – que, apesar da grandiosidade institucional e esportiva, foi derrotado pelo próprio Internacional no Mundial Interclubes em 2006 – é exemplo de gestão.

Tive a oportunidade e o privilégio de, no ano passado assistir a uma palestra proferida pelo ex-diretor econômico do clube na gestão 2003-2008, de Joan Laporta. A palestra inspirou o livro A Bola não Entra por Acaso, que acabo de ler e se recomenda como leitura obrigatória na área de gestão.

É, diretor econômico é algo mais amplo e complexo que apenas diretor financeiro ou contador (controller para os que defendem o vocabulário corporativo em inglês).
E um clube como o Barça o tem em seus quadros. Duvido que exista um diretor econômico no futebol brasileiro.

A economia, segundo o portal Wikipédia, consiste na produção, distribuição e consumo de bens e serviços. O conceito vem do grego oikos (casa) enomos (costume ou lei), ou também gerir, administrar: daí “regras da casa” (lar) ou “administração da casa”.

É também a ciência social que estuda a atividade econômica, através do desenvolvimento das teorias econômicas, e que tem na administração a sua aplicação. Portanto, quanto mais próxima a administração da economia, mais um clube terá chances de “arrumar a casa” e buscar a performance esportiva, que é sua essência. Maiores, então, são as chances de racionalizar o planejamento e executá-lo.

Claro que é obrigatória a interpretação diagnóstica inicial para executar as mudanças com certa dose de ousadia e pulso administrativo.

Tal qual fez o Barcelona em 5 anos.

Tal qual fez o Internacional em 5 anos.

E que, se bem administrados segundo princípios da economia, podem projetar ciclos de crescimento mais longos.

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br

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