A importância da Universidade do Futebol para o desenvolvimento da modalidade no país

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“Universidade” por definição representa um conjunto de disciplinas, faculdades ou escolas de ensino ou curso superior.
Ainda que diversas discussões possam ser feitas a respeito do significado de “ensino ou curso superior”, fato é que está na essência do conceito de “Universidade” a presença e atuação de diversas áreas do conhecimento universal humano.
Isso quer dizer, em outras palavras, que seu cerne avança o ensinar de valor mais alto e as construções mais profundas inerentes a ele, pois está antes de mais nada associado a r-e-u-n-i-ã-o das disciplinas do conhecimento científico.
Imergir numa universidade de conhecimentos não garante muitas vezes a compreensão real do significado que essa “uniãodiversidade” representa. Isso é evidente se observarmos que ao longo dos tempos a reunião das disciplinas do conhecimento foi se transformando, e o seu caráter multidisciplinar de “universidade dos conhecimentos” perdeu espaço, de tal forma que as novas perspectivas exigiram a transformação do que era “r-e-u-n-i-ã-o” em “reunião”; do que era “multi” para o que passou a ser “inter”; interdisciplinar.
Disciplinas que antes existiam no mesmo universo, isoladas, tomaram conhecimento umas das outras, avançaram, interagiram e construíram um saber comum a todas elas.
Em diversas áreas profissionais a problemática decorrente da prática diária aliada à Ciência permitiu grande e denso avanço do conhecimento científico aplicado; e muitas coisas antes impensáveis saltaram a frente dos nossos olhos em um único fechar/abrir de pálpebras.
No esporte, de maneira geral, a interação entre os construtos científicos e o ambiente real de treinos e competições fora ganhando proximidade, tornando-se, em algumas modalidades, íntimos.
No futebol, das escolinhas ao alto nível competitivo, muitas tensões fizeram com que a aproximação entre Ciência e a prática ocorresse de maneira lenta e conturbada (podemos dizer que hoje ainda a distância entre os dois é muito grande sob diversos aspectos).
Por um lado (no futebol), ao olhar da Ciência, a prática constitui um ambiente recheado de indivíduos que tentam fazer as coisas funcionar sem saber explicar exatamente como e por quê; por outro, ao olhar da prática, as teorias científicas filosofam sobre problemas que não são aqueles realmente enfrentados e constroem soluções para coisas que não existem.
As teorias são construídas em função dos problemas decorrentes da prática; só fazem sentido se possibilitarem a transformação da prática, para melhor!
Temos no nosso país uma série de pesquisas, dissertações e teses, que de tão especializadas em um único assunto, acabam por se distanciar da realidade dos fatos, de maneira que, tentando se aproximar dos problemas do mundo, acabam por se afastar ainda mais dele.
Temos também (e isso não é privilégio nosso) a partir da falta de conhecimento e das construções do senso-comum uma série de práticas dentro e fora do esporte que reforçam a cada dia remadas fortes na direção contrária ao avanço científico.
Falta, então, diálogo, entendimento, para que a Ciência e a prática se integrem e se tornem elementos de uma coisa só.
Melhorar o acesso ao conhecimento e levar a Universidade à prática torna-se, não o único, mas um dos melhores caminhos para que a cada dia os problemas oriundos da prática real possam ser resolvidos, garantindo a permanente escalada rumo a um saber cada vez maior que torne a prática cada vez melhor.
Para o futebol isso representa não só a evolução do jogo dentro do campo, mas de todos os elementos que o constituem como o fenômeno complexo que é.

Para interagir com o colunista: rodrigo@universidadedofutebol.com.br

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