Ali, aqui no Brasil?

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Muhammad Ali.

Era Cassius Marcellus Clay.

Enfrentou grandes adversários dentro dos ringues, assim como resistências e dificuldades fora deles – na família, na sociedade segregacionista dos EUA e na relação, como cidadão americano, ante o beligerante Tio Sam e sua Guerra do Vietnã.

Converteu-se ao islamismo e recebeu o nome que o consagrou.

Venceu os adversários.

Derrubou Sonny Liston, Floyd Patterson, Joe Frazier e George Foreman.

Contra este, protagonizou a maior luta de boxe de todos os tempos, no Zaire, cujo episódio foi retratado no documentário “Quando éramos reis”.

Na luta, Ali foi aclamado pelo povo africano como representante da causa negra, em contraponto à figura de Foreman, vinculado ao establishment social e político dos EUA de então.

Conquistou, ao longo de sua vida e carreira, liberdade, independência, admiração e respeito, não só pelo desempenho esportivo, mas também pelo ativismo social contra o racismo, contra o preconceito social e a alienação política.

Afrontou o Governo dos EUA que o queriam combatendo no Vietnã. Negou-se a ir. Correu risco de ser preso por cinco anos, mas foi absolvido pela Suprema Corte. Com isso, perdeu o título de campeão e o direito de lutar por quase 4 anos.

Voltou em grande estilo do banimento esportivo e recuperou o cinturão de campeão.

The greatest, como ficou conhecido no boxe, construiu um grande legado socioesportivo, que está muito bem administrado e estruturado no Muhammad Ali Center, a fundação criada para esse fim. 

“Por muitos anos, sonhei em criar um lugar para compartilhar, ensinar e inspirar as pessoas para o melhor de si e para que pudessem perseguir seus sonhos”, diz a frase no site oficial do Ali Center.

Confiança, Respeito, Convicção, Dedicação, Doação, Espiritualidade, são coisas pelas quais vale a pena lutar. E são formas de se encontrar a grandeza interior.

A isso se dedica o Ali Center. Aos valores e a missão de Muhammad Ali como atleta e protagonista da transformação da sociedade por meio do esporte.
 


 

Ali, aqui no Brasil, encontra ressonância em seus pares?

Sócrates e a Democracia Corintiana, Raí, Leonardo, Pelé, Atletas pela Cidadania, são valiosos exemplos de engajamento e desenvolvimento social por meio do esporte.

Será suficiente, num país marcado por déficit social imenso – democracia, igualdade entre os sexos, distribuição de renda, acesso a serviços públicos de qualidade?

Precisamos aumentar essa corrente do bem. Sem medo, como sempre pregou Ali:

“Impossível é apenas uma palavra grande jogada ao redor por homens pequenos que acham mais fácil viver no mundo que lhes foi dado do que explorar o poder que têm para mudá-lo. Impossível não é um fato. É uma opinião. Impossível não é uma declaração. É um desafio. Impossível é potencial. Impossível é temporário. Impossível é nada.”

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br
 

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