Allez, Guga!

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Que raios tem a ver falar de Guga num site sobre futebol? Pois é. Estava pensando exatamente isso na noite de sábado, enquanto tentava conter as lágrimas dentro da garganta vendo o choro do maior fenômeno que o tênis brasileiro produziu e, muito provavelmente, produzirá na sua história.

O que Guga tem a ver com o futebol, além das básicas associações ao Avaí, ao Jacaré e ao bordão “rede é gol” que a Pepsi soube brilhantemente criar durante o auge da tão curta carreira do nosso tenista.

Mas a luz veio clara na cabeça quando pensei no “Allez, Guga”, que os torcedores franceses souberam entoar durante os cinco maravilhosos anos em que ele foi o Rei de Roland Garros. Guga era o cara que, entre 97 e 2002, queríamos ver, saber o que ele fazia, consumir o que ele consumia, seguir seu estilo de vida.

Guga foi o que falta, e muito, para o futebol brasileiro da atualidade. Um ídolo carismático, simpático, alegre, vencedor. Um cara que nos dê orgulho de ter nascido no mesmo país dele, que nos motive a sonhar mais alto, a querer ser melhor, a ser tão competente quanto ele.

Ídolo que hoje é uma palavra tão ausente do cotidiano do futebol brasileiro. Jogadores que se deixam levar rapidamente pelo grande dinheiro que circula em outros países, que não tentam entender a importância de se criar um vínculo com suas origens, com suas raízes, que são massacrados pela vontade de lucrar de clubes, empresários, família, dirigentes, etc.


 

Talvez fosse preciso que o futebol, no Brasil, adotasse o estilo Guga de levar as coisas. De fazer um “Allez, Guga” com seus jogadores, incentivando-os a permanecer em seus clubes e, mais do que isso, a continuarem próximos dos torcedores.

Guga consegue, ainda hoje, deixar o torcedor próximo do tênis. Para um esporte carente de ídolos, seu trabalho é fundamental para ajudar no crescimento da modalidade. O futebol brasileiro não precisa do ídolo para manter a chama do torcedor acesa. A paixão pelo clube garante que tenhamos uma conexão imediata da pessoa com o time.

Mas a ausência do ídolo, no longo prazo, é extremamente prejudicial para o interesse do torcedor pelo clube. Sem ter para quem torcer ou, pior, tendo para quem torcer apenas fora do país, ele se distancia daquela que deveria ser a sua grande paixão.

Que tenhamos mais Gugas no futebol de hoje.

Para interagir com o autor: erich@universidadedofutebol.com.br  

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