Alma castelhana

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O Uruguai, depois de 84 anos, volta a ter uma seleção nacional disputando as Olimpíadas.

Apesar da derrota contundente por 6 a 0 contra o Brasil, o país assegurou uma das vagas para Londres 2012.

O que explica o êxito do futebol do Uruguai?

Somando esta classificação e a bela campanha da seleção na Copa da África do Sul em 2010, chegando à semifinal após 40 anos, ficamos ainda mais perplexos com a resistência do futebol no país.

Muitos fatores jogam contra o Uruguai em termos de desenvolvimento da indústria do futebol local.

Mercado consumidor minúsculo e pouco atraente aos patrocinadores, clubes de infraestrutura arcaica, êxodo de jogadores ainda muito jovens para a Europa, baixos salários pagos, pouco ou nenhum interesse da TV.

O país tem 3,5 milhões de habitantes e quase 50 mil jogadores filiados à Federação Uruguaia.

Como base de comparação, no Brasil, somos 200 milhões de pessoas e 2,1 milhões de jogadores filiados à CBF.
Os resultados são reflexo de um projeto em andamento que teve início com a chegada de Oscar Tabárez à seleção principal em 2006, em que o treinador passou a ter mais contato com as categorias de base e formou uma equipe de profissionais de sua confiança.

“Junto a isso, mudamos o perfil em busca de jogadores mais inteligentes e incentivamos o estudo. Tem um projeto que obriga todos a terem curso de computação e a apresentarem o boletim de notas. Eles precisam de objetivos psicológicos e físicos. Isso de alguma maneira ajuda a fazer melhores profissionais. O futuro está nos pés e na cabeça”, afirma o treinador.

O presidente da Federação Uruguaia acredita que a tradição tem que ser um diferencial, na ausência de outros fatores determinantes.

“A celeste é uma marca registrada. Todos precisam saber desta história. Para que eles se sintam identificados, o Gigghia, que marcou o segundo gol no Maracanã (na final da Copa de 1950 contra o Brasil), vai falar com os jogadores na concentração com frequência, para mostrar a importância da camisa do Uruguai. Quando veste a celeste, tem que deixar tudo”.

O futuro está nos pés e na cabeça…

No Brasil, sim, temos sorte de ter muito futuro nos pés.

Nosso futebol precisa mais da cabeça.

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br

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