As arenas e os investimentos públicos

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Acho engraçado os comentários sem qualquer embasamento claro sobre o financiamento de arenas pelo poder público. Existem alguns mitos no Brasil que impedem um investimento mais coeso neste segmento, que poderia transformar verdadeiramente o esporte no país. De antemão, devo dizer: não estou aqui recomendando gastos públicos aos ventos. Bem ao contrário, como se verá a seguir…

Acesso com frequência o site “Stadia Magazine” para estudos e busca de informações gerais e não são raras as notícias que mostram a construção ou reconstrução de estádios, arenas ou ginásios com o apoio incondicional do poder público local.

O caso mais recente (pelo menos em termos de concretização dos acordos anteriormente firmados) é o do West Ham, da Inglaterra, que irá se mudar para o Estádio Olímpico de Londres na temporada 2016-17 depois de um acordo de 99 anos (http://www.stadia-magazine.com/news.php?NewsID=62719), em que irá pagar um valor de aluguel anual, mas terá como contrapartida as reformas e adequações a seu estilo (inclusive suas cores, para ficarmos em um exemplo bem simples).

Existe uma hipocrisia velada ou declarada sobre os absurdos deste tipo de financiamento no Brasil. E o que se vê é que, em todo o mundo, dificilmente se constrói arenas sem o apoio do ente público, que entende as arenas como indutores de desenvolvimento econômico regional.

Por aqui, as construções, quando feitas com recursos públicos, não levam em conta as especificidades de administração deste tipo de equipamento ou mesmo da sua sustentabilidade financeira. O achismo é de que qualquer um pode geri-lo. E a lucratividade operacional posterior também parece ser um grande “pecado”.

O fato é que se precisa medir melhor os benefícios e as contrapartidas possíveis de um empreendedor em favor do poder público quando este último é parceiro e oferece subsídios ao empreendimento.

As parcerias devem ser claras, transparentes e pautadas em um planejamento consistente, medindo-se os impactos que aquela nova construção (ou reforma) poderá gerar. Este é o salto que precisamos dar para que se continue um processo extremamente necessário para o desenvolvimento do esporte brasileiro, que é a qualificação das instalações esportivas em consonância com a entrega de entretenimento possível para os fãs. 

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