Caminho para Madri

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O título deste texto é a tradução do lema da “Liga dos Campeões da UEFA” (‘Road to Madrid‘), o mais importante torneio de clubes de futebol. Entretanto bem poderia ser o da Libertadores, o principal das Américas. Enquanto estas linhas são escritas, a decisão está mantida para a capital da Espanha mesmo o River Plate a recusar-se lá jogar, sendo a equipe mandante.

Perdemos todos. Os sul-americanos. Uma final da Libertadores fora da América do Sul – independente de ser em Madri – é a constatação de que a gestão do futebol por estes lados está falida. É notória a influência de alguns clubes nos bastidores da Confederação Sul-Americana. Historicamente sempre foi assim. A falta de critério que causam os inchaços das competições, que dificultam a logística e o planejamento dos clubes, em detrimento dos profissionais do futebol e dos torcedores. Estes, a cada dia, se afastam mais dos jogos e acompanham campeonatos mais interessantes, como os da Europa e – pasmem e desculpem-me o juízo de valor – da América do Norte.

A premiação em dinheiro da Libertadores não é atraente para os clubes. Já foi bem menos. Entretanto, os campeonatos continentais possuem nome e concedem status. Para os futebolistas, uma referência e tanto no currículo. Para a cartolagem dos clubes, a conquista deles é a eternização dos seus nomes.

Confusão nos arredores do Monumental de Núñez, no dia 24 de Novembro. (Foto: Ivan Pisarenko/AFP)

 

É preciso de uma vez por todas romper com um passado de desserviço ao futebol. O episódio do gás de pimenta no Boca x River de 2015; da queda de energia no Atlético-MG x Newell’s de 2013; do Corinthians x River, em 2006; da recente batalha campal entre Peñarol e Palmeiras, fora os incontáveis jogos interrompidos. Os exemplos são infinitos.

A Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) precisa entender o consumidor do futebol sul-americano. Quais são as exigências dele? O que ele quer? Dessa forma, trabalhar para potencializar os rendimentos quando da organização dos campeonatos mais importantes. Entretanto, ela entende mesmo as federações nacionais e seus principais clubes, ou seja, satisfaz “a panela”. Em outras palavras, aqueles que mais garantem os seus interesses ou os de um grupo ainda menor, mas com grande poder de decisão. A consequência disso é a final do principal torneio de clubes fora desta parte sul da América.

Dos males, o menor. Se é possível considerar sendo um ‘mal’.

Com tudo isso, é preciso trabalhar para proteger e difundir o futebol, ao valorizar o seu profissional e prestigiar o torcedor, que são as verdadeiras funções de uma federação. Caso contrário, mais confusões como a do último dia 24 de novembro acontecerão e mais finais estarão longe daqui. Com o tempo, mais os sul-americanos ficarão distantes da Libertadores. E desconfia-se que não seja isso que a CONMEBOL queira.

 

 
 

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