CBF elabora relatório sobre Copa 2006

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deverá apresentar até o início de novembro um relatório técnico sobre a Copa do Mundo de 2006. O documento está em fase final de elaboração e deverá servir de base para o técnico Dunga ter um estudo sobre as tendências táticas do futebol, assistidas durante o Mundial da Alemanha.
 
Baseado no relatório apresentado pela FA (Federação Inglesa de Futebol), o documento brasileiro será elaborado por Jairo Santos, observador técnico da seleção brasileira durante a Copa do Mundo. Com cerca de 100 páginas, o estudo pretende mostrar como atuaram as 32 seleções do Mundial, de que forma foram marcados os 147 gols da competição, num nível de detalhamento máximo.
 
“Em cerca de dez dias o relatório deverá ser apresentado. Informalmente uma parte já foi entregue, mas o grande objetivo é dar um caráter científico para evitar uma confusão na análise dos resultados”, afirmou Santos com exclusividade à Universidade do Futebol durante o Congresso Carioca de Educação Física, organizado pelo Fiep-RJ.
 
O observador, que desde 1978 atua na CBF, pretende agora criar uma metodologia de análise dos dados. O objetivo é evitar disparidades de interpretação, dando condição para que seja formado um estudo científico sobre o futebol e, especialmente, a Copa do Mundo.
 
“Tem que haver uma falsificabilidade do que for produzido. Quanto mais isso ocorrer, melhor”, disse.
 
Nas análises que serão apresentadas, Santos mostra que as seleções, na Copa do Mundo, tiveram de ser rápidas para marcar os gols. Dos 147 marcados em gramados alemães, 88% foram feitos com até sete passes dados entre os jogadores. A maior incidência foi de gols marcados após dois e três passes dados, com 31% do total. Além disso, a jogada de um gol na Copa foi construída, em sua maioria, em menos de meio minuto, sendo que a maior incidência é de gols criados em jogadas de até dez segundos.
 
Outro dado importante levantado pelo observador é sobre a origem dos gols na Copa. O estudo, feito por um profissional contratado especificamente para isso, mostra que cerca de 54% dos gols surgiram em cobranças de bola parada. O relatório aponta, ainda, que os dois finalistas, Itália e França, foram os líderes em gols desse tipo. O Brasil, que perdeu seu jogo contra os franceses numa cobrança de falta, ficou em oitavo lugar no ranking.
 
Para o ex-treinador da seleção brasileira na Copa de 90, Sebastião Lazaroni, os números mostram que o Mundial da Alemanha foi marcado pela profusão de sistemas defensivos.
 
“A bola parada passou a ser a principal arma. Por isso o time tem de conseguir se posicionar para não sofrer com esse tipo de lance”.

Para interagir com o autor: erich@universidadedofutebol.com.br

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