Centros de treinamento, educação e a evolução do futebol brasileiro

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Embora seja extremamente importante se preocupar com forma, materiais, sustentabilidade ambiental e financeira dos estádios que estão sendo construídos por serem eles os responsáveis pelo legado social e de infraestrutura para nossas cidades (direta ou indiretamente), bem que poderíamos nos preocupar com benefícios ao futebol em si, que também traz o seu desenvolvimento social, de caráter e comportamental a nossa população. E digo isso pois vejo em poucos estádios essa preocupação.

Poucos são os que preveem uma estrutura para o futebol de base, centros de treinamento. Prefiro falar sobre as escolinhas e triagem de atletas jovens em outro texto, e falar agora somente do centro de treinamento – embora possam estar juntos, em um mesmo local.

Podemos notar que os grandes times mundiais têm sempre centros de treinamento muito bons. Estamos tratando de uma indústria do futebol, ou seja, tem que haver dinheiro para a natural evolução, manutenção e contratações. Mas não estou dizendo que devemos esquecer o valor do esporte tratando somente o lado financeiro.

Esses equipamentos podem trazer melhorias nos resultados diretos das equipes, evitando lesões, recuperando melhor os atletas e proporcionando novos tipos de treinamento e de comportamento – evitando episódios como os envolvendo o Adriano, por exemplo. Trata-se de um equipamento que conforta ao mesmo tempo em que educa.

Claro que não muda o caráter nem mesmo os ideais de uma pessoa, mas que proporciona, mais facilmente, a disciplina ao atleta, sem grandes problemas, dificultando que ele se “desvirtue”, que desanime.

É muito importante que os clubes brasileiros planejem e criem estratégias de desenvolvimento, valorizando, através de seus CTs, os pontos que desejam desenvolver melhor.

Um grande exemplo é o Milan, que faz com que os atletas se sentissem no conforto de suas casas enquanto reclusos nos centros de treinamento. É necessário passar muito tempo nesses locais e isso, segundo o Milan, é essencial para manter os atletas comprometidos, atuando como equipe/família, e com prazer.

Mais recentemente foi publicado o projeto do renomado arquiteto Rafael Viñoly para o CT do Manchester City. Com 12 campos, um estádio para 7.000 torcedores entre estrutura para as funções básicas como alojamentos, etc.

E também podemos notar preocupações com o conforto mínimo em alguns CTs. O Paris Saint-Germain, frente ao frio de 7ºC nos treinamentos, adotou uma solução mostrando que não é necessário gastos e investimentos estrondosos para certas necessidades. No caso, o campo foi coberto com material utilizado em balões para manter a temperatura em cerca de 10º. Essa cobertura se mantém “inflada” por ventiladores potentes.

No Brasil, até mesmo os times grandes não têm estruturas com qualidade. Claro que temos o necessário, mas o futebol brasileiro poderia voltar a se destacar mundialmente, a ser inspiração para atletas daqui e de fora ao invés dos nossos sonharem com os clubes italianos, ingleses, franceses, espanhóis e alemães, e começarem a ver aqui um potencial de carreira.

Acredito que pode ser sonho também de atletas estrangeiros, de termos aqui o necessário para a evolução dos nossos jovens atletas e fazer com que o futebol brasileiro traga capital estrangeiro para o país.

Para interagir com o autor: lilian@universidadedofutebol.com.br
 

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