Cidade-sede: Curitiba

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A cidade com as melhores soluções em urbanismo, mobilidade e maior área verde (bem maior que o índice pedido pela ONU para garantir qualidade de vida) será a cidade que contará com a Arena da Baixada como sede do evento.

Este palco, antes da candidatura do Brasil ao evento, era o mais moderno e adequado de todos os estádios brasileiros. No entanto, isso não quer dizer que estava atualizado e com capacidade de abrigar um evento de porte internacional como a Copa do Mundo Fifa. Por este motivo, a arena também passa por reformas, que, por sua vez, são as causas de tanto transtorno para Curitiba.

Em uma localização complicada pelo seu entorno edificado e bem consolidado, o estádio é um dos grandes exemplos de dificuldade na evacuação e dispersão de pessoas em momentos de emergência.

Apesar de a mobilidade urbana ser a mais eficiente do país, Curitiba pode apresentar saturações de seus sistemas, principalmente nas proximidades do estádio. Jaime Lerner, arquiteto e urbanista e ex-prefeito de Curitiba, foi um dos principais responsáveis por toda a evolução de Curitiba e seria muito legal ver na Copa a cidade se destacando com novidades e com o já existente sobre a funcionalidade da capital paranaense.

Sobre o projeto em si, as grandes modificações estão em sua fachada. Antes pesada e um tanto sem atrativos, hoje o projeto conta com uma acessibilidade maior e um potencial para naming rights pela estética simples da mesma.

Como podemos ver na imagem acima, o projeto propõe espaços de convivência, como as mesas para alimentação no térreo. Já o acesso é direto pelo mesmo nível ou por rampas que dão acesso a uma platibanda para melhor distribuição do público antes de entrar de fato no estádio, facilitando o encontro da cadeira numerada.

Para adequação do estádio ao evento, a principal mudança foi a construção da arquibancada lateral. Antes o estádio tinha forma de “U”, com arquibancadas atrás de ambos os gols e de uma das laterais somente, sendo uma pena por ser uma destas a com melhor visibilidade.

O fato desse formato era a existência de construções vizinhas. Junto a esta construção veio a casca da fachada que envolve o estádio todo junto à nova cobertura.

Sobre esta nova cobertura, ela será sustentada por treliças sob a cobertura e treliça espacial em arco travando a estrutura (ver imagem abaixo). Deve ser revestida por telhas metálicas perfuradas e de trechos com policarbonato – o que pode ajudar na manutenção do gramado. Este, por sua vez, deverá ser de grama do tipo “bermuda” mais resistente ao frio de Curitiba.

Ao mesmo tempo, para manter a qualidade, Curitiba pretende plantar a grama e, posteriormente, ainda reforçar com sementes. Além disso, contará com um sistema de drenagem a vácuo, questão que algumas cidades estão tendo problemas pela inviabilidade financeira e por não acreditarem ser necessário. A drenagem a vácuo drena cerca de quatro vezes mais rápido, em casos de temporais, que uma drenagem convencional.

O arquiteto responsável pelo projeto, Carlos Arcos, alega que o principal acesso à arena será a pé, de bicicleta ou de táxi e que, por fugir das vias mais congestionadas da capital, não terá grandes distúrbios viários. Não acredito que seja tão simples assim e, de uma forma ou outra, quem for assistir aos jogos na Arena da baixada deverá sair algumas horas antes para não perder o começo do jogo, como acontecia no Soccer City, em Johannesburg, na Copa do Mundo de 2010.

Deverão, também, se preparar para um tempo extra de comemoração depois da partida, pois serão 40.000 pessoas saindo ao mesmo tempo em vias pequenas. Uma estratégia é promover atividades na saída das partidas para que, aos poucos, as pessoas se vão.

Com uma fachada de vidro, a arena promete ter uso diário com comércio e áreas de alimentação que, somente no caso de Curitiba, por ser bem adensada a região, pode ter, de fato, um uso cotidiano e ser forte concorrente na cidade.

Para interagir com o autor: lilian@universidadedofutebol.com.br

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