Cidade-sede: Manaus

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Um dos estádios que mais preocupam a população brasileira quanto ao seu uso no pós-Copa é um dos que mais tem qualidade arquitetônica e grande preocupação ambiental.

Visando ao selo LEED (Leadership in Energy and Environment Design), o estádio busca muitas formas de redução do uso de energia elétrica e transporte de materiais a locais próximos para conseguir pontos para receber a certificação.

Algumas das atitudes sustentáveis são as formas pré-moldadas metálicas para a elaboração da arquibancada, evitando o uso e desperdício de madeira, a reutilização de entulhos da implosão em aterros de regiões próximas e em parte triturada e usada no concreto do novo estádio.

Além disso, na parte superior da fachada, próximo ao topo da arquibancada superior, haverá uma série de “brises” (aletas direcionadas) fixos que minimizam o uso de ar condicionado e facilitam a ventilação através do fluxo do ar, diminuindo a sensação do clima úmido e quente de Manaus.

Os pisos no entorno serão drenantes, evitando poças e direcionamento direto à rede pública. Sob esse piso drenante, terá uma camada impermeabilizada que recolherá a água de chuva para um reservatório de reuso.

Sua plasticidade é digna de cartão postal e tem ainda a simbologia cultural da cesta de palha indígena produzida na região e também à fauna (cobras e lagartos e suas escamas). Sem dúvida será ponto de visitação para os turistas nacionais ou internacionais com um potencial de visita guiada bastante interessante.

Seu paisagismo é de responsabilidade do talentoso Marcelo Faisal e deve contar com espécies típicas da região como vitórias-régias.

O piso, na esplanada de acesso ao estádio, segue as linhas da cobertura, criando um desenho integrado e com um direcionamento de público de forma radial.

 

Sua cobertura em PTFE, material excelente, proporcionará diferentes graus de translucidez na cobertura, permitindo igual insolação ao longo do gramado, mantendo sua qualidade.

O estádio possui dois anéis de arquibancada, com acesso em nível no topo do anel inferior, onde devem ficar os assentos para pessoas com dificuldades de locomoção – limitando a um dos lados do estádio, pois, no outro, o acesso à esplanada é dado por escadas.

Sua programação é um pouco preocupante. Ao lado do estádio já há um centro para shows, o que faz com que ambos compitam por eventos de portes diferentes. Pode ser bom para o país em geral, que recebe poucos shows internacionais por motivos de falta de espaços adequados, geralmente se resumindo a Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador. Desta forma, o Norte ganha um espaço a mais para atrair eventos de grande porte.

Além disso, falta um pouco de pró atividade – de todas as cidades, não só Manaus – em buscar eventos específicos que sejam necessários e desenvolvedores da região e em termos nacionais, do potencial turístico e científico. Poderiam ser criados eventos de sustentabilidade, de turismo ecológico, exposições temporárias e fixas sobre o assunto e eventos de negócios trazidos de fora e que possam revezar com o Brasil sua sede (como acontece com o “Rock in Rio”) ou criado para ter sede fixa no país.

O importante é criar um calendário fixo para uso durante todos os meses, todos os anos e também variável, complementando a renda e mantendo o uso e interesse constantes.

Para interagir com o autor: lilian@universidadedofutebol.com.br

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