Coerência na gestão – treinadores

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Qual a lógica de o Botafogo demitir com um mês de trabalho um técnico que tinha três anos de contrato? Ou o Atlético-MG ter mandado embora um profissional que virou o ano no cargo e participou decisivamente na montagem do elenco?
Não defendo aqui a continuidade do trabalho pura e simplesmente. Concordo que é possível em um curto espaço de tempo avaliar se um trabalho é bom ou ruim. Quando se está antenado com metodologias de treinamento e padrões de resposta nas quatro fases do jogo, não é necessário uma temporada inteira para diagnosticar se a falta de evolução de uma equipe é em decorrência da competência, ou ausência dela, do técnico.
O ponto chave aqui é a habilidade dos dirigentes em avaliar os cenários envolvendo a comissão técnica: quando se contrata avalia o perfil do treinador? Esse perfil, após ser avaliado, está de acordo com a tradição e história de clube e alinhado com a filosofia de jogo que se pretende seguir? Na maioria das vezes não.
Oswaldo de Oliveira não faz um trabalho consistente há muito tempo. Suas equipes não demonstram a intensidade necessária para triunfar no futebol de hoje. O descontrole emocional naquela fatídica entrevista é uma pequena gota perto do oceano da falta de ideias que apresentava o treinador do Galo.
Felipe Conceição foi alçado à condição de treinador do Botafogo seguindo talvez um chavão generalista que avalia de maneira assertiva nada e nem ninguém: ‘profissional bom nós fazemos em casa’. Empolgados pelo ‘furacão’ Jair Ventura, os dirigentes quiseram repetir um padrão acreditando em uma mística. Ou se havia convicção que deixassem Felipe trabalhar mesmo caindo na Copa do Brasil e na Taça Guanabara.
Não gosto de ser repetitivo e ficar falando toda hora que dirigente tem que acreditar e principalmente saber avaliar o trabalho dos treinadores na parte de campo e de liderança. Errar para contratar e se apressar em demitir só alimenta um nefasto ciclo vicioso. Repetitivo ou não dois treinadores de série A serem demitidos com um mês de jogos oficiais mostra que algo não está indo bem.

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