Copa 2014: o Brasil esquece da infraestrutura humana

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Olá, amigos!

O Brasil vive a discussão sobre os projetos da Copa de 2014. Ainda bem incipientes, é verdade. Acredito que a cobrança deveria se maior para que a transparência pudesse ser um direito de todos nós brasileiros.

Não sou contra a realização da Copa no Brasil, mas muito me preocupa a questão da infraestrutura que se planeja – ou que não se planeja para ela. Sabemos que um evento dessa magnitude exige processos e recursos tecnológicos de ultima geração para comportar e atender bem a demanda oriunda tanto do turismo interno, como do turismo externo.

O Brasil tem se consolidado no mundo como um importante pólo de tecnologia, seja com os profissionais brasileiros tomando destaque nas empresas estrangeiras ou mesmo algumas pesquisas e inovações nacionais se projetando internacionalmente. Mas e em relação ao futebol e à infraestrutura para atender a Copa do Mundo?

De nada adianta termos recursos magníficos aplicado no Brasil se não tivermos uma cultura voltada para a sua utilização. Nesse ponto a crítica vem tanto para os brasileiros enquanto população, que aceita as condições e não busca se opor , se posicionar e reivindicar seus direitos, quiçá reivindicar melhorias que vão para além dos simples direitos de cidadão, como também à instituição Brasil, como aquela que herda ou que foi construída com base na população que sempre dá um jeitinho.

Sabemos o quanto é infantil o pensamento “no fim tudo dá certo… se não deu certo é porque não chegou o fim ainda… basta esperar”. E esse me parece o cenário.

Estamos praticamente no meio de 2011. Uma mudança de infraestrutura do ponto de vista de cimento e construção civil já está atrasada, mas sabemos que o dinheiro, seja ele público ou disfarçadamente privado, vai conseguir dar o seu jeitinho, porém, o que me preocupa são as pessoas. Como fazer uma mudança cultural para que o Brasil esteja apto a receber tal evento com os recursos tecnológicos que exigem, sem uma capacitação e investimento em educação da população nacional, se já não é praxe no nosso país investir em educação?

Será que conseguiremos em tão pouco espaço de tempo mudar? Engano daqueles que acham que sim, que de uma hora para outro o Brasil mudará a cultura de seu povo, e esses saberão operar recursos novos, falar diferentes línguas, ter ciência de suas responsabilidades moral e ética para, por exemplo, não precisarmos de catracas e vigilâncias nos metros, como hoje são, e fazer algo como em Atenas, onde o próprio cidadão valida seu ticket, sem catracas e sem fiscalização direta.

Engano maior aqueles que acham que o tempo é suficiente, pois até 2014 dá para se fazer um “intensivão”. Opa! Aí está o grande erro. A Copa de 2014 já começou. Quem planeja vir para esse evento já esta de olho no Brasil. Já buscam informações e já começam a pensar no evento e nas sedes. Porém, nem o Brasil sabe ao certo isso. E quando digo Brasil me refiro à população como um todo, e nesse aspecto, a população estando alheia e cada vez mais incerta sobre o evento, como pode se preparar para receber a magnitude do evento seja enquanto mão de obra especializada, seja enquanto serviços indiretos que pode prestar?

Saberemos operar sistemas modernos de transportes públicos como dizem que serão os projetos de aeroportos, trem bala e metros? Ou será que não teremos essas novas estruturas e os “gringos” que se acostumem ao nosso jeito de ser?

Se o Brasil quiser passar uma imagem de país bem consolidado no setor tecnológico, reconhecimento que alguns profissionais canarinhos já o têm enquanto pessoas físicas, temos que pensar não só na infraestrutura de concreto, tijolo e cimento, mas sim na infraestrutura humana. Caso contrário, a Copa passará e o Brasil continuará sendo samba e futebol (no campo), porque na organização…

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br  

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