Copa do Mundo: Brasil vs México

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Esta semana, Brasil e México disputam a liderança do grupo e quem vencer dará um passo importante para a classificação.

Se não houver vencedor na outra partida do grupo, entre Croácia e Camarões, uma vitória simples de uma das equipes é suficiente para garantir uma das vagas da chave nas oitavas de final da Copa do Mundo.

O México, protagonista contra a seleção de Camarões, apresentou bons comportamentos de jogo que, se aplicados contra o Brasil, podem proporcionar um confronto de sistemas (e não somente de esquemas) bastante interessante. Na sequencia serão discutidos alguns deles:

Organização Ofensiva

 

Em Organização Ofensiva contra a equipe de Camarões, o México abriu o campo e optou pelo jogo construído.

Com passes curtos dos três defensores a bola chegava ao campo de ataque com facilidade, pois a pressão no portador da bola feita pela seleção camaronesa iniciava somente a partir da sua intermediária defensiva.

Para gerar desequilíbrio nas linhas de defesa, Vásquez foi opção de passe para trás para mudar o corredor de jogo e Giovani dos Santos era o principal jogador a receber entre linhas e jogar a um toque.

Os cruzamentos pelo setor direito com Aguilar e as tabelas no corredor central com a participação de Giovani foram, com bola rolando, as ações mais perigosas da equipe de Miguel Herrera.

 

Uma nítida diferença que poderemos observar em relação ao jogo anterior será a linha de marcação da seleção brasileira. Com pelo menos 35 metros mais adiantada do que a de Camarões, fica a expectativa se a seleção mexicana sob maior pressão de espaço e tempo tentará propor o jogo a partir da posse de bola.

Segundo estatísticas da FIFA, Contra Camarões o México trocou quase 600 passes e foi efetivo em 484 (81%).

Outro elemento interessante do jogo, relativo à organização ofensiva mexicana e defensiva brasileira diz respeito aos jogadores que irão pressionar os zagueiros. Se estas regras de ação forem feitas exclusivamente por Fred e Neymar, Oscar e Hulk irão compor as duas linhas de quatro sem bola e dificultar a descida pelos lados de Layún e Aguilar como mostra a figura abaixo:

 

Com o lado oposto negligenciado pela seleção brasileira, correta indução de Fred ao zagueiro portador da bola para não permitir a circulação e o fechamento da linha de passe ao volante central, a Organização Ofensiva mexicana pode ficar encurralada e ser forçada ao passe longo; pouco utilizado no jogo contra Camarões.

Neste caso, o sucesso da fase de construção dos mexicanos dependerá da abertura de linha de passe e da rápida circulação no campo de defesa para, do lado oposto aproveitar a superioridade numérica.

Outra possibilidade para a seleção brasileira é subir a marcação também com o extremo do lado da bola e, dessa forma, tentar forçar o erro adversário e/ou a recuperação da posse no campo de ataque. Para isso, as regras de ação supracitadas geram maiores riscos do lado da bola se não forem corretamente aplicadas:

 

Com mais jogadores no campo de ataque, pode ficar mais difícil para a seleção mexicana realizar a circulação.

Com a pressão do atacante do lado da bola no zagueiro mexicano, provavelmente os laterais brasileiros (também do lado da bola) deverão subir uma linha de marcação para evitar a superioridade numérica do adversário. Caso isso aconteça, abrem-se espaços nas costas dos laterais para diagonais de Herrera, Guardado e Peralta.

Tais movimentações não foram observadas contra Camarões, pois, como mencionado, a seleção africana baixou suas linhas (permitindo cruzamentos e o jogo apoiado na entrada da área).

Organização Defensiva


 

Uma das grandes expectativas em relação à equipe mexicana e seu 1-3-1-4-2 incide no posicionamento sem bola de Aguilar e Layún. Subirão para impedir o jogo de Marcelo e Daniel Alves ou, assim como muitas seleções têm apresentado nesta Copa do Mundo, formarão uma linha de 5 (juntamente com Rafa Marquez, Moreno e Rodriguez)?

A linha de marcação estabelecida contra Camarões foi feita a partir da intermediária ofensiva. Se assim permanecer, alas adiantados no lado da bola deve ser a opção escolhida. Se não quiserem propor o jogo, a segunda opção deverá ser observada. Nas imagens abaixo, as duas opções:

Ala adiantado no lado de bola e ala oposto compondo a linha de defesa

Bloco baixo e a linha de 5 numa proposta mais defensiva

Que Brasil vs México seja mais um dos belos jogos desta Copa! Quais são suas expectativas? Aguardo sua opinião por e-mail.

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