E agora, motivar, inspirar ou engajar?

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Quando acontecem situações tais como a demissão de um treinador de futebol, no meio dos jogos finais de uma Copa do Brasil e a duas partidas do final de toda uma temporada, me pergunto onde estaria a mágica para que se faça a reversão do resultado negativo em questão.

Sinceramente, acho que não só eu, mas muitos de vocês devem estar se questionando sobre o que fazer para reverter um quadro aparentemente irreversível de desvantagem resultante da partida de ida de uma final em dois jogos.

Então, observo que esta missão além de extremamente difícil, pode ser inglória pois se coloca outro profissional para um brevíssimo período de treinamentos, nos quais não será possível nem um alinhamento e organização adequada para alguma mudança de estratégia a ser reproduzida em campo. Além disso, coloca-se em questionamento a própria efetividade de gerenciamento da gestão do clube, uma vez que em situações de insatisfação com o trabalho presente, seria mais adequado alguma forma de correção de rumo antes da derradeira partida final da copa.

Aí me questiono, em qual termo a gestão pode ter se apoiado para esperançosamente tomar tal decisão de demitir seu treinador de toda a temporada? Seria no desejo de obter alguma motivação, inspiração ou engajamento dos seus atletas?

Para tentar compreender esse cenário, caso isso seja possível, vou compartilhar o entendimento que tenho sobre os três termos em questão, para que possamos juntos chegar as nossas conclusões.

A motivação, oriunda dos termos latins motus (“movido”) e motio (“movimento”), significam para a psicologia e a filosofia, as coisas que incentivam uma pessoa a realizar determinadas ações e a persistir nelas até alcançar os seus objetivos. Em outras palavras, a motivação pode ser entendida como vontade para fazer um esforço e alcançar determinadas metas. Ainda, essa motivação implica a existência de alguma necessidade, seja ela absoluta, relativa, de prazer ou de luxo. Quando uma pessoa está motivada a “algo”, considera que esse “algo” é necessário ou conveniente. Porém, considero que a motivação sem um propósito genuíno que leve as pessoas ao extremo de sua performance, pode ser apenas um espasmo emocional que não se sustente por muito tempo ou que dependa constantemente de novos estímulos para manter o desempenho desejado.

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A inspiração pode ser compreendida como o ponto de partida para a realização de um sonho, algo distante que pode ser obtido através de muita ação, planejamento, uma certa dose de coragem e uma grande dose de decisão para manter-se na direção planejada rumo a materialização do sonho. Podemos notar, que no caso de inspiração, esta serve mais como forma de estimular à ação e pensando em situações onde é necessário reverter situações complexas, isso pode não ser tão efetivo.

O engajamento é algo que acontece quando voluntariamente o indivíduo abraça alguma causa ou desafio. Isso ocorre quando o valor da causa é genuinamente percebido e com isso os envolvidos viram grandes incentivadores e promotores de mudança. No futebol ocorre o engajamento, quando os atletas acreditam plenamente em tudo que está sendo proposto para uma determinada situação de longo prazo, que exige trabalho intenso e coletivamente forte para um bem-sucedido período de trabalho.

Então amigos, retornando à situação recente da demissão do treinador em plenas finais da Copa do Brasil, acredito que na verdade nenhum dos três termos possam trazer para os trilhos o rumo perdido do time, uma vez que para quaisquer um deles existir, é necessário tempo para que se materializem. Pelo contrário, apesar da motivação ser algo bem pontual, acho que o mais rico e efetivo é sempre seguir e acreditar o que foi planejado, aprender com os insucessos e trazer o futebol cada dia mais para o mundo do planejar, executar, medir e melhorar. Apesar do improvável estar sempre presente neste nosso fantástico universo do futebol, não podemos deixar que os grandes investimentos fiquem relegados ao imponderável que permeia nosso esporte.

Até a próxima!

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