Esporte no Rio+20

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Terminada a Rio+20, que teve aos olhos da imprensa e da opinião pública um resultado pífio em termos de compromissos para mudanças significativas no comportamento global perante a questão da sustentabilidade, pergunta-se: e o esporte, tomou partido deste movimento? Ou ficou mais uma vez alheio a decisões que ele (esporte) acredita que não faz parte de seu escopo? E o futebol?

Destaco, portanto, três ações que posicionaram o esporte de alguma maneira na agenda deste tema na última semana:

Cúpula Internacional de Sustentabilidade no Esporte + Esporte para a Paz: realizado no Rio de Janeiro no dia 19 de junho e liderado pelo Prof. Dr. Lamartine Pereira da Costa, que reuniu confederações e estudiosos do tema na ECEME (Escola do Exército, na Urca) para discutir o papel do esporte ligado à sustentabilidade, mostrando a participação do mesmo nos últimos 50 anos. Teve ainda participação internacional, de professores de Barcelona (Prof. Ferran Brunet), Londres (Allan Brimicombe) e Mainz, Alemanha (Holger Preuss), dentre outros, que fizeram suas palestras por vídeo conferência. Os assuntos estiveram direcionados sobre o papel dos megaeventos esportivos na sustentabilidade, as empresas de tecnologia envolvidas com o esporte e as pesquisas nacionais relacionadas com o tema. O resultado da cúpula deverá ser direcionado para um repositório, com um resumo de todas as apresentações.

Arena de Basquete em Londres para as Olimpíadas Rio 2016: exemplo de sustentabilidade em esporte veio da notícia “Provisória, Arena de Basquete de Londres pode ser transferida para o Rio”. Diante das sucessivas crises globais e do crescimento dos megaeventos, somado à globalização, os gastos públicos neste sentido podem ser otimizados também em termos globais, facilitando a qualificação e entrega de Jogos Olímpicos e de Copa do Mundo de Futebol se as instalações puderem ser, em partes, aproveitada a cada ciclo de realização das mesmas.

Programa Sócio-Ambiental do São Paulo FC: na semana da Rio+20, o São Paulo Futebol Clube lançou um projeto bastante interessante e, até onde sei, inédito para o futebol no Brasil, chamando torcedores, jogadores, comissão técnica e funcionários para terem uma atitude mais positiva ante as questões climáticas e sociais. O vídeo resume a ação, aproveitando muito bem o momento da Rio+20.


 

Em suma, os exemplos acima ainda são cases, fruto de iniciativas isoladas de entidades, pessoas ou instituições que propõem um pensamento diferente dos demais envolvidos com esporte no Brasil. Mas é o registro de que algo está sendo feito, havendo potencial para posicionar o segmento de uma maneira diferente da sociedade, lançando a partir dele uma eventual mudança de atitude.

Pelo seu poder midiático, não é difícil imaginar que o esporte tem um potencial bastante relevante para ser um agente transformador para que algumas ideias sustentáveis possam ser aplicadas e replicadas para o maior número de pessoas possível. Basta se organizar, querer e fazer.

Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br

 

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