Final única para torneio único

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Nesta última semana a Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) divulgou seu calendário para o próximo ano. O que chamou a atenção foi a existência de uma data que pode substituir os jogos de ida-e-volta na final da sua principal competição de clubes, a Taça Libertadores. Em outras palavras, a final poderá ter um jogo único.

Se isso acontecer – será decidido em Congresso no fim do ano -, irá seguir o modelo da competição europeia similar, a Liga dos Campeões. Apenas uma partida e em um sábado. No caso Sul-Americano, há a possibilidade de ela ser jogada em alguma grande cidade da região ou em Miami, na Flórida. Contra esta medida, dizem que as equipes perderiam a questão do fator casa, muito importante nestes torneios. Além disso, que tiraria o direito de potencializar a presença da torcida local ao jogo, que é muito importante e uma das marcas registradas do futebol da América do Sul. Fora os tradicionalistas, que não conseguem ver a Libertadores sem os dois jogos na final. Para além disso tudo, que o poder aquisitivo do torcedor daqui é menor em comparação aos de outros continentes, em especial o europeu.

Ledo engano. São notórios os deslocamentos das torcidas dos clubes da região pelo continente. Sem qualquer exceção. Em termos de qualidade do estádio e respeito ao atleta com boas instalações (vestiários, campo de jogo), uma final em jogo único só acrescentaria de maneira positiva para o espetáculo. Se isso acontecer, isso deverá ser definido com antecedência e, consequentemente, inúmeros pré-requisitos atendidos para preservar aquele que faz o jogo e, ademais, tratar bem o espectador (o consumidor que vai comparecer ao jogo). Fora para quem vai transmiti-lo mundo afora (emissoras de rádio e TV). Ou seja, em termos de produto, uma decisão de Libertadores em jogo único terá êxito porque serão respeitados os dois elementos mais importantes do esporte: o atleta e o torcedor.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

 

O que quer, portanto, a Confederação Sul-Americana: manter uma tradição já não mais saudável em troca de favores políticos ou transformar a Taça Libertadores em um produto bem sucedido, aproveitando-se das suas características mais positivas? E elas são inúmeras: torcidas que não se cansam de cantar, os papeizinhos no campo, as faixas que preenchem as grades, a paixão, a garra e a alegria, por exemplo. Há sim como crescer e se modernizar sem perder a essência do futebol da América do Sul. É preciso romper com um passado de confusões dentro e fora de campo e com aquela imagem – que é um estereótipo – dos policiais com escudos que protegem o futebolista para cobrar o escanteio. Final em jogo único parece estranho em um primeiro momento, mas é questão de costume.

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