Flamengo e Palmeiras entre as mil que mais arrecadam no Brasil

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Flamengo e Palmeiras foram os dois únicos clubes de futebol que entraram na edição especial da revista “Exame” deste mês de agosto: “Melhores e maiores – as 1000 maiores empresas do Brasil”. Entram nesta lista todas as empresas que arrecadaram em 2017 mais de meio bilhão de reais. Entre as mil, o clube carioca está na 844a colocação e o paulista, na 988a posição. Não está ruim, mas podia ser melhor. Antes de tudo: mui grata surpresa ver duas organizações esportivas neste ranking, em um setor há muito pouco tempo marcado por uma incapacidade crônica de arrecadação de recursos.

Rubro-Negros e Alvi-Verdes têm se destacado pela gestão das suas finanças e capacidade de arrecadação. Os flamenguistas reduziram drasticamente as suas dívidas, aos poucos multiplicam seu patrimônio e suas receitas. Os palmeirenses valem-se de um estádio quase sempre repleto. Os dois possuem uma numerosa massa associativa e com poder de consumo bastante alto. Em linhas gerais, a economia do Brasil como um todo se beneficia de possuir uma grande população, relativamente com mais recursos do que antigamente. Simultaneamente, este aumento do poder de consumo e acesso à informação contribuiu para os produtos licenciados estarem ao alcance dos torcedores, com maior ou menor poder aquisitivo.

Torcida do Flamengo (Foto: veja.abril.com.br)

 

Não está ruim, mas podia ser melhor. Esta expressão não é no sentido de exclusivamente Palmeiras e Flamengo poderem estar em melhores colocações na lista, mas sim da capacidade de mais organizações esportivas estarem nela presentes: outros clubes, federações, confederações! O objetivo final de se ter mais receita é consolidar o esporte – e especificamente o futebol – dentro de uma cultura de mercado que celebra as boas práticas de gestão, com base no profissionalismo, na governança, na transparência e sustentabilidade, a fim de que contribua cada vez mais para a economia do país ao criar mais empregos e renda.

Entretanto, isso depende de uma ação conjunta de todas as organizações esportivas (clubes, federações e confederações), para se voltarem mais ao mercado ao deixarem de lado interesses políticos ou de pequenos grupos – por exemplo conquistar acesso e títulos para fortalecer o grupo que está no poder -, que andam na contramão do crescimento. Torcedor quer título? Claro que sim, mas antes disso é unânime querer ver o seu clube tratado com o devido respeito por aqueles que também o amam (os dirigentes).

Diante disso, há os que dizem que futebol não pode ser tratado como negócio. É sim e a revista “Exame” colocou dois entre os mil maiores negócios do país, que procuram em suas práticas respeitar os dois elementos mais importantes do esporte: o atleta (com salários em dia e boas instalações para a execução do seu trabalho) e o torcedor (com transparência e acesso à informação).

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