Identidade de jogo: você realmente joga como treina? – PARTE 1

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Olá a todos.

A partir de hoje daremos início a um percurso muito importante com diversos artigos sobre um assunto que se escuta bastante, mas ainda pouco discutido, que é a Identidade de jogo. Nele teremos um grande espaço para troca de ideias, questionamentos e reflexões sobre um tema que devemos explorar com maior profundidade.

Existem muitas metodologias de treinamento (integrado; periodização tática; clássico, etc) que nos ajudam a melhorar e definir nosso modelo de jogo. Este nos dá uma ideia da forma de jogar, mas que pode estar suscetível a mudanças durante uma partida.

Em um confronto sabemos que existem infinitas variáveis, mas o quanto elas influenciam no seu modelo de jogo?!

Exemplos:

Adversário – resultado vigente – tempo do jogo – jogadores disponíveis – jogo em casa ou fora – posição na tabela – disposição tática (1-4-3-3, 1-3-5-2,4-4-2…)

Diante destas variáveis, a maioria das equipes mesmo havendo um modelo de jogo preciso, altera sua proposta durante uma partida, como adotar uma postura mais ofensiva ou defensiva de acordo com o resultado vigente (substituindo um zagueiro por um atacante, como exemplo).

Mas quando se tem uma identidade clara de jogo, esta passa a condicionar as variáveis e não o contrário. Isso muda completamente o modo de ver, pensar e planejar seus treinamentos e consequentemente os jogos em busca de um resultado eficaz.

OK, agora quais equipes e treinadores têm uma Identidade de jogo bem definida?! Podemos dividir em dois blocos, que são as únicas duas fases do futebol – posse ou não posse da bola. Todas as outras “fases” (transições ofensivas e defensivas, bola parada, etc) são definidas por estas duas e podem ser diferentes de acordo com seu modo de entender o futebol. Dentro destas duas fases podemos destacar algumas equipes ou treinadores que servem de exemplo para nosso estudo.

Entre os que optam pela posse de bola, como principal característica, estão as seleções da Espanha, bicampeã europeia em 2008 e 2012 e campeã do mundo em 2010, e da Alemanha, campeã do mundo em 2014. Como equipe temos o Barcelona com os conceitos do Futebol Total, de Rinus Michels, mostrando sua identidade por pelo menos uma década. Já como treinador, temos o mais famoso que é o Pep Guardiola, atualmente no Manchester City, ou até mesmo Roberto Dezerbi, ex Foggia e Palermo, que obteve ótimos resultados na terceira divisão italiana interpretando os mesmos conceitos das equipes acima com jogadores considerados de menor qualidade.

Já “do outro lado” temos treinadores que preferem trabalhar com a cobertura dos espaços, como José Mourinho, campeão com o Inter e Chelsea, Diego Simeone, do Atlético de Madrid, campeão espanhol 2014, ou o Leicester, de Claudio Ranieri, campeão do último campenato inglês.

O primeiro passo que se deve fazer é escolher em qual modo você gostaria de jogar não se tornando refém das variáveis citadas acima mas sim o contrário. Que elas sejam todas em função da sua identidade, como exemplo o mais classico deles, a escolha do sistema de jogo. Nao é a escolha da disposição tática que o faz mais ofensivo (1-4-3-3 / 1-3-4-3) ou mais defensivo (1-4-4-2 / 1-3-5-2) mas sim como se é interpretado. Todas as mudanças dinâmicas que ocorrem devem ter como princípio a manutenção do equilíbrio e identidade da equipe.

Nos próximos artigos vamos começar a refletir sobre como preparar todo o planejamento de treinamentos e as características que serão necessárias a partir de uma identidade denifinida de jogo.

Espero que esse primeiro artigo possa ter servido para criar reflexões, questionamentos, dúvidas e perguntas para todos, e estou ansioso para o confronto de ideias e discussões a respeito

Abraço a todos!

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