Jesus (salva)

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Aos que se sentiram incomodados com o título da coluna nesta semana, desculpas. Em referência ao “Mister” Jorge Jesus, o texto procurará refletir acerca dos potenciais resultados fora de campo que o Flamengo poderá ter. Pode parecer cedo vislumbrar quaisquer possibilidades, mas a coletiva de imprensa pós-jogo contra o Goiás (6 a 1) deixou boas impressões.
Em primeiro lugar, identidade. Item sempre mencionado nesta coluna. Jorge Jesus teve mais ideia da grandeza do clube e fez comentários a respeito disso, da torcida, sobre o estádio cheio, como a equipe joga, estilo de jogo. Por isso, é sugerida uma cultura de jogo de acordo com todo o histórico que o clube possui, palmarés e ídolos. Em como o flamenguista se identifica com o clube. Com o tempo, se isso continuar sendo feito, o “produto” da instituição ficará ainda mais valorizado, ídolos surgirão e um legado permanecerá. O mesmo acontece com a identidade do Santos de Sampaoli que o torcedor santista gosta: apresenta um excelente futebol, no entanto aparecem algumas derrotas – doloridas – pelo caminho.
Títulos ajudarão, sim. Se vierem, ótimo. Se não vierem, Jorge Jesus pode ser elemento fundamental para a desconstrução de uma ideia equivocada de que os títulos são a razão suprema da existência de uma instituição esportiva. Exemplos, alguns. A começar pela terra do “Mister”: o Sport Lisboa e Benfica não vence uma competição europeia há décadas, mas isso não é motivo para troca de treinador e de comissão técnica. Por muitos anos viu o protagonismo do Futebol Clube do Porto, mesmo assim optou-se pelo planejamento e continuidade de trabalho, que sugerem rotina e cultura. Não houve “comoção” nacional ou foi motivo para crises sem precedentes. Na Inglaterra, o Leeds United AFC por muito pouco não deixou de existir quando gastou uma fortuna que não tinha para conquistar um título de Liga dos Campeões da UEFA no início deste século. Ficou nas semifinais. Quase acabou. Até hoje luta para voltar à elite do futebol do seu país. A torcida do Leeds quer este retorno? Certamente. Mas não há dúvidas de que o medo foi maior quando estavam prestes a fechar as portas.

Jorge Jesus durante treino do Flamengo. (Foto: Divulgação)

 
Com tudo isso, o efeito que Jorge Jesus pode ter para o Flamengo é semelhante ao que Ronaldo “Fenômeno” teve ao jogar no Corinthians. Este teve um efeito no marketing e comunicação enormes. Já o Mister será capaz de vez por todas escancarar para o futebol do Brasil que, identidade e cultura são o patrimônio máximo de uma instituição esportiva. Ele não tem nada a perder.
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Em tempo mais uma citação que se relaciona com o tema da coluna:

Jogue na Inglaterra. Porque melhor do que ouvir “você tem futuro”, é ouvir “you have a future”.”

Anúncio da Nike ao promover o concurso “A Chance”

 

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