Kaká, Ronaldinho Gaúcho e o não a seleção

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade
Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade
Em 1880, o cubano e genro de Karl Marx, Paul Lafargue publicou um texto clássico denominado “O Direito à Preguiça”, uma crítica contundente ao regime capitalista.
 
Os recentes pedidos de dispensa por parte dos atletas Kaká e Ronaldinho Gaúcho da Seleção Brasileira que irá disputar a Copa América 2007 nos próximos meses de junho e julho, provocaram algumas críticas e comentários questionando a atitude desses dois craques brasileiros e me fizeram lembrar deste ensaio.
 
Lafargue no final do século XIX queria combater os exageros do trabalho. Havia trabalhador que chegava a trabalhar 14, 15 e até 16 horas por dia. Um verdadeiro absurdo na opinião deste médico e militante socialista. Defendia que o ideal seria trabalhar cerca de 3 ou 4 horas por dia.
 
Na verdade um jogador de futebol, em média, não treina muito mais do que 3 ou 4 horas por dia. Entretanto a alta competitividade que cerca o futebol profissional neste século XXI exige muito mais de cada atleta do que as poucas horas que ficam dentro do campo. É preciso cuidados especiais com a alimentação, com o repouso, com a cabeça para enfrentar a enorme pressão e cobranças que vem de toda a parte, além claro das preocupações com inúmeros compromissos que cercam o profissionalismo hoje em dia.
 
Portanto, nada mais natural do que respeitar o direito que um jogador de futebol, famoso ou não, tem de usufruir de tempos em tempos de um merecido descanso ou férias, sem qualquer tipo de moralismos ou inveja.
 
O direito ao lazer, o direito ao ócio, ou se quiser o direito à preguiça é um direito de qualquer trabalhador. Por que não de um jogador de futebol?   

Para interagir com o autor: medina@universidadedofutebol.com.br

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Share on pinterest

Deixe o seu comentário

Deixe uma resposta

Mais conteúdo valioso