Mais uma para a saga: os ingressos no futebol

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Estamos diante de mais um episódio da novela: “O preço dos ingressos em jogos de futebol”. Como protagonista, o Flamengo, com a final da Copa do Brasil diante do Atlético Paranaense.

O vilão é o Procon-RJ, junto com o Ministério Público, que pedem “explicações” sobre o aumento “abusivo” do preço. Para alguns, na realidade, os papéis de vilão e mocinho deveriam ser invertidos, mas explico o porquê de tratarmos esta coluna com personagens caricatos no sentido inicialmente descrito.

Primeiro, que o futebol não é um bem essencial. É, sim, um produto importantíssimo para o cotidiano da grande maioria da população brasileira, mas está longe de ser questão de vida ou morte – mesmo para os mais fanáticos.

Digo isso pois vejo negligência e afronta aos direitos do consumidor ou de um maior rigor na fiscalização destes mesmos organismos para itens básicos, de água a alimentação, de bancos a regulação de preços de outros bens de consumo.

Segundo, que a indústria do futebol passa por um momento de transição importante, que é a acomodação de uma linguagem nova, ainda pouco testada no Brasil, que é a venda do esporte efetivamente como espetáculo. Neste âmbito, o próprio mercado tende a se regular e a se adaptar, respondendo aos anseios do consumidor.

É natural que possam existir falhas ou exageros, para mais ou para menos. No fim, o choque de realidade ocorrerá, mas é o próprio mercado que deverá aprender a medida certa de sua conduta.

Finalmente, apesar do relato que pretende esclarecer este processo natural de mudança, percebe-se que ainda comete-se a falha de não ser transparente.

E o processo é tão simples quanto tabelar preços antes do início da temporada. Desta maneira, é possível se deixar claro o processo de precificação, que tende a levar em conta fatores estritamente de mercado, respeitando a lei da oferta e da procura.

É fato que precisamos evoluir nestes termos. Mas, a solução passa completamente longe de uma proposta populista, política ou interesseira que pretenda regular uma atividade de entretenimento privada, que passa por um processo claro de profissionalização e ajuste.

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