Marketing e Futebol em tempos de crise

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Estamos em crise. Está tudo errado e muita coisa ainda acontece errada. Parece que não se aprende. O Brasil não aprende. A sociedade brasileira não aprende. Não basta o ocorrido em Brumadinho/MG. Não basta o incêndio no alojamento do centro de treinamento do Flamengo. Chega-se ao ponto de uma enorme confusão – evitável – em decisão da Taça Guanabara. São apenas alguns exemplos das tragédias que acontecem diariamente, sem falar daquelas que não se tem conhecimento.

Não há mais como trabalhar no improviso e no tráfico de influência, com base no “tapinha-nas-costas” e na ausência de método e mérito. No esporte do Brasil e, em especial no futebol isso há muito. Nas medíocres disputas verborrágicas, sem qualquer bom senso, que destroem e não constroem. Em um discurso intolerante e intransigente; quer seja de um lado, do outro, ou dos dois lados. Está escancarado que isso dá muito errado. Vide exemplo do último domingo no Maracanã.

Não há “marketing esportivo” que solucione toda esta bagunça a não ser o de um discurso de tolerância e agregação. De olhar o coletivo mais do que o indivíduo e seus grupos. Não apenas do seu clube, mas de todos e entre todos. Mais do que campanhas, materiais gráficos e inúmeras ideias, é preciso que isso não seja da boca pra fora. Que seja aplicado, que as atitudes sejam praticadas, vividas e partilhadas. Sobretudo valores e princípios básicos para a convivência em sociedade.

Confusão à entrada do Maracanã no Domingo (17) para a decisão da Taça Guanabara entre CR Vasco da Gama e Fluminense FC. (Foto: Agência Estado)

 

Esta coluna mais uma vez repete a máxima de que o futebol reflete o país. Longe de posições políticas, ela se cumpre, sim. As demandas da sociedade de hoje – bem estar, estabilidade, segurança, saúde e educação – não são capazes de ser atendidas mais à base de como era outrora, no improviso ou nas relações políticas. Ou seja, sequer eram/são atendidas de maneira universal. Se o país não consegue fazer isso, o futebol segue a linha.

É preciso urgentemente romper com este paradigma. Ser eficiente. Ser eficaz. Agir com método e mérito. Excelência e resultados. Este é o legado que o futebol também é capaz de dar ao Brasil, para além da ideia da união das raças, a Copa de 1938 e a obra de Gilberto Freyre. Para além das conquistas dentro de campo e do papel do país no mundo.

O Brasil que queremos – justo, de paz, tolerante, eficiente e produtivo – passa obrigatoriamente pelo futebol. Portanto, é neste ponto que a gestão e o marketing devem também obrigatoriamente trabalhar. Se queremos mudar pra melhor, é preciso colaborar, dialogar, tolerar, aceitar. Ninguém será menor por ceder. Será menos por estar aberto. A vantagem tem que ser para todos. Valores e princípios difundidos, postos em prática e partilhados.

É isto também que o futebol pode deixar à sociedade. E deve ser vontade de todos que as gerações futuras tenham um país melhor do que o recebido pela atual.

 

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