A mudança no futebol: em nome da inovação, progresso e do avanço

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É cada vez mais presente no cotidiano discussões sobre inovação, progresso, avanço. É da natureza humana ir adiante e querer algo mais. Até porque o ser humano se cansa do obsoleto, é contra o atraso e também o retrocesso. O futebol não foge desta dinâmica. O seu regulamento, esquemas táticos e organização evoluíram ao longo de pouco mais de 150 anos da modalidade. Impossível imaginar uma partida em que o árbitro atua sem cartões, como outrora. Daqui alguns anos é bem provável que falarão o mesmo sobre o vídeo-árbitro.
Esta coluna quer tocar no assunto da discussão em torno da confirmação da final única da Taça Libertadores. Quem dera todos os problemas do futebol fossem desta ordem, e não os de dopagem e o de manipulação de resultados. Este reboliço por conta de apenas um jogo para a decisão de um grande torneio traz à tona uma reflexão sobre inovação, progresso e avanço. Ora, se não fosse necessária uma alteração no calendário para só um confronto do campeonato continental de clubes (Taça Libertadores), a Confederação Sul-Americana sequer tornaria o tema público. Quer seja por pressão comercial ou política, quer seja por questões que dizem respeito à integridade do atleta e valorização da competição (tomara seja isso mesmo), é preciso mudar. Esta mudança não acontece da noite para o dia e ela é estudada. Inúmeros cenários são estudados e questionados. Em jogo estão a reputação do torneio e de toda uma instituição que é o futebol da América do Sul.

Fotomontagem dos estádios do Grêmio. O antigo, o Olímpico, e o atual, a Arena Fotos: Divulgação

Hoje todos enchem os olhos com os modernos estádios espalhados pelo Brasil. Não falo dos “elefantes brancos”, mas sim dos economicamente viáveis. Muitos foram contra as suas construções em nome de uma história e uma tradição construída ao longo de décadas. Isso não morre, caso sejam preservadas e cultivadas, a fim de que sejam transmitidas de geração para geração. Os tempos mudam, as prioridades e os objetivos também mudam. Os estádios de outros tempos, com capacidade para dezenas de milhares de pessoas, sem quaisquer condições de segurança e conforto, hoje não teriam sequer aprovação para serem construídos. Por analogia, impossível imaginar um carro fabricado hoje, sem o encosto para a cabeça no assento, ou retrovisor no lado passageiro, como era feito antes.
Outro exemplo é o do campeonato brasileiro ser disputado por pontos corridos e o quanto, na altura do debate se seria ou não implementado, isso impactaria nas receitas dos clubes. Bom, para este formato durar desde 2003 significa que algum êxito teve. Por último, toda a polêmica em volta da utilização do gramado artificial, com a entidade máxima do futebol (FIFA) a aprová-la. Se houve um sinal positivo de Zurique, não foi à toa. Como guardiã da modalidade, ela deve levar em consideração o jogo e a integridade do atleta.
Com tudo isso, assim como falado em outros textos nesta coluna, é tudo questão de costume. A mudança é necessária para que haja inovação, avanço e progresso. E é a única constante da vida, dizem alguns. Para cada mudança, são necessárias ações. Algumas serão certas e outras erradas. Serão bem-vindos os acertos. Os erros, sim, também serão. Oportunidade para se aprender! Que bom que estes erros são novos, e não os mesmos do passado. Sinal de que se vai para a frente.

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