Novos rumos no futebol e o segundo mandato da presidente Dilma

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Em disputa acirrada, a atual Presidente de República, Dilma Rousseff, do PT, venceu o candidato tucano Aécio Neves e governará o Brasil pelos próximos quatro anos. Sua reeleição coincide com o momento em que o futebol brasileiro ainda se recupera do vexame sofrido na Copa do Mundo, quando foi eliminada pela seleção alemã e um estrondoso 7 a 1 e busca novos rumos.

No seu projeto de Governo, a Presidente eleita não apresentou propostas em que se possa vislumbrar melhoras. Doutro giro, há indícios de mudanças.

A Presidente tem se mostrado disposta a se reunir com o Bom Senso FC, movimento dos jogadores que visa melhorias no futebol brasileiro, eis que esteve com eles em junho e em julho, manifestou preocupação e prometeu ação.

Ademais, há três pontos de extrema relevância na pauta: a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, a regulamentação da participação dos atletas nas assembleias das entidades esportivas e a criação de um Plano Nacional de Desenvolvimento do Futebol.

São temas de extrema relevância e a Presidente poderá auxiliar com articulações políticas para que sejam colocadas em discussão nos órgãos e entidades competentes.

Importante destacar que a CBF apoiou o candidato Aécio Neves e que o Governo Federal, no pós-Copa, adotou postura bastante agressiva no que tange à gestão do futebol brasileiro.

Ademais, o atual Governo tem características intervencionistas, o que, em tese, viola o artigo 217, da Constituição que assegura a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, o que incomoda os dirigentes. A grande questão é se o Governo terá força política para exigir transparência para renegociação das dívidas dos clubes.

Nunca é demais ressaltar que o desporto brasileiro com um todo e, inclusive o futebol, recebem verbas, subsídios e benefícios públicos.

Além da necessidade de se buscar a renegociação das dívidas fiscais e maior transparência no uso de verbas e benefícios públicos, o futebol possui algumas peculiaridades que merecerão atenção especial do próximo mandato.

Ora, após a Copa do Mundo, fala-se muito no sistema alemão de gestão e formação dos atletas, entretanto, a legislação brasileira desestimula e, em alguns casos até impede, a formação de jogadores de futebol desde a sua infância.

Isso se dá porque a Constituição Brasileira proíbe o trabalho para menores de 14 anos e, em razão disso, a Lei Pelé somente permite o primeiro contrato na mesma idade. Tal situação inviabiliza grandes investimentos em atletas antes dessa idade, já que o clube formador não possuirá qualquer garantia.

Enfim, se a Presidente Dilma e o seu “novo” Governo quiserem mudar os rumos do futebol brasileiro terão muito trabalho e resistência pela frente, o que exigirá coragem e força política. Indícios destes rumos começarão a surgir na indicação do novo Ministro dos Esportes. Aguardemos.
 

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