Novos tempos?

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade
Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade

Final de campeonato. Casa cheia. Público esgotou os ingressos no mesmo dia em que foram colocados na bilheteria. Grande expectativa em torno da partida pelos meios de comunicação. TV aberta e fechada transmitindo simultaneamente a partida…

Infelizmente, para os amantes do futebol, o primeiro parágrafo não se refere a um jogo de futebol. Estamos falando da final feminina da Superliga de Voleibol, disputada no último sábado entre Unilever e Sollys/Nestlé no Maracanãzinho, que levou quase 12 mil pessoas para o evento.

Tudo bem que hão de dizer que uma final de campeonato no futebol leva maior quantidade de público, até pela natural capacidade dos estádios. Mas chama atenção que a média de público destas equipes do voleibol foi bem alta ao longo de toda a competição.

Mal comparando, os quatro grandes do Rio de Janeiro, também no último fim de semana pelo Campeonato Estadual, na rodada que decidiu os classificados para as semifinais da Taça Rio, levaram 9.690 pessoas para os estádios juntos, em uma média de pouco mais de 2.400 pessoas por jogo. Isto mesmo: os quatro e mais populares clubes do Rio, em um momento considerado decisivo, tiveram menor público em conjunto que a final do vôlei feminino.

Isto é resultado, a meu ver, da negligência por parte do futebol com o espetáculo dentro de campo, com estádios inseguros e desconfortáveis, campos mal cuidados, tratamento hostil ao invés de cordial, serviços de baixa qualidade, etc. Do outro lado, a recepção às famílias em um ambiente agradável e propício para a realização do espetáculo esportivo.

Enfim, que o voleibol vem crescendo e caindo no gosto popular não é novidade para ninguém. Que irá bater a preferência do brasileiro pelo futebol, parece pouco provável. Mas que começa a dar sinais de que é de fato um concorrente importante à fatia da renda familiar destinada para o entretenimento, isto o futebol não pode negar, nem tampouco fechar os olhos para esta realidade, sob pena de tal situação começar a refletir nos balanços dos clubes em um médio-longo prazo.

Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br

 

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Share on pinterest

Deixe o seu comentário

Deixe uma resposta

Mais conteúdo valioso