O Bê-a-bá do Marketing

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Nesta semana importante instituição do futebol do Brasil completa mais um ano de vida. Quase centenária, a Associação Portuguesa de Desportos está longe dos dias de glória de antigamente. Grande clube repleto de histórias e protagonismo, importantíssimo no futebol do Brasil e desde sempre revelador de inúmeros talentos. Atualmente o cenário é completamente o oposto.

No início dos anos 2000 o Leeds United AFC gastou fortunas e não conseguiu vencer da Liga dos Campeões da UEFA. Anos depois, por muito pouco não deixou de existir. (Reprodução: Divulgação)

 
Por motivos que sugerem temas para outros textos, levaram a uma situação que não é apenas  a da Lusa, mas de inúmeros clubes por todo o país. Grandes instituições. Com este ponto de situação, onde se encaixa o marketing? Há quem acredite que o marketing é capaz de resolver tudo e arrecadar recursos. Não é assim. Clubes de renome por si só são bons produtos, têm numerosas torcidas e podem ser bem posicionados no mercado, para que os recursos de fato sejam otimizados. Para que os torcedores frequentem mais os jogos, para que haja mais consumo de produtos licenciados.
Entretanto, já diz a velha máxima, que “uma andorinha sozinha não faz verão”. O marketing é mesmo um dos departamentos responsáveis pela arrecadação de recursos e condução dos planos de negócio dos produtos da instituição. Muito do seu sucesso vai depender de uma sinergia entre inúmeras outras áreas, desde a presidência, o quadro de colaboradores e todos os setores a que eles pertencem, inseridos dentro de um ambiente organizacional bastante complexo, porque está sujeito a fatores que abalam-no e comprometem o andamento dos trabalhos do clube. Fatores estes sendo aqueles “motivos” mencionados no início do parágrafo anterior, escusos e alheios à instituição esportiva. Alheiros ao interesse coletivo, ou seja, da comunidade e dos associados do clube. Sejam eles desde favorecimentos pessoais até gastos irresponsáveis,  estes muitas vezes para servir algum indivíduo ou pequenos grupos.
Ora, por estes “motivos”, vários clubes encontram-se em triste situação financeira. Teria valido a pena em certo momento da história gastar tanto, grupos de influência favorecerem-se de várias maneiras a fim – ou não – de permanecerem no poder?
O que é mais triste para o torcedor? Ficar sem títulos ou ver o clube do coração perto do fim? E se o fim chegar, para quem torcer?
Com tudo isso, pode parecer lugar comum, mas é preciso que os torcedores, que a instituição se pergunte: o que, quem somos e o que o clube quer? Onde se quer chegar e como se quer chegar. Qual a nossa missão? Qual a nossa visão? Quais são os nossos valores? O bê-a-bá do Marketing.

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Em tempo mais uma citação que se relaciona com o tema da coluna:

“A bola pune.”
Muricy Ramalho, comentarista, futebolista e ex-treinador

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