O desafio dos alojamentos nas categorias de base – parte I

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O Doutor Alcides Scaglia, colunista especial da Universidade do Futebol, escreveu metaforicamente, há mais de cinco anos, sobre a realidade dos alojamentos nas categorias de base do país.

Submissão aos atletas mais velhos, reprodução da linguagem corporal predominante e ambiente com nível intelectual baixo foram algumas das constatações apontadas pelo professor.

Como sabemos o período de especialização esportiva e dos primeiros anos de profissionalização, que se estende dos 14 aos 20 anos, é determinante não só para a formação esportiva, mas também para a formação social, moral e humana do atleta. Coordenar e atuar neste processo, em qualquer que seja o clube, é uma trabalhosa e complexa missão.

Num país que possui talentos brutos em larga escala e que mantém as categorias de base sempre abastecidas por milhares de jovens jogadores que compartilham do mesmo sonho, precisamos saber se o cenário retratado pelo Alcides anos atrás (e já vivenciado por ele nos tempos que atuava como goleiro e morava em alojamentos) se modificou.

Pois, se de um lado temos os jovens e seus sonhos similares de serem grandes jogadores de futebol a qualquer custo, do outro, num plano mais palpável, temos o compromisso pelo desenvolvimento para além do rendimento esportivo. Além disso, não podemos ignorar a realidade do estreitamento natural da pirâmide dos atletas que chegam ao alto rendimento (mesmo cientes de que este dado não pode minimizar nosso esforço de alargá-la).

Como os clubes brasileiros são corresponsáveis pela formação integral dos jovens atletas e têm boa parte de cada um de seus plantéis das categorias de base alojada no próprio clube, é momento de discutirmos cases positivos e soluções que maximizam o desenvolvimento dos jogadores.

Ir à escola (que é diferente de estudar), treinar, alimentar-se e comunicar-se pelas redes sociais não pode ser a rotina padrão dos nossos futuros jogadores. Este cotidiano limita, engessa e castra uma formação ampla do homem (que antecede o jogador).

Neste cenário, como você idealiza um ambiente favorável de formação do jovem futebolista brasileiro?

É possível criar um ambiente que estimule a reflexão?

É possível criar um ambiente que estimule a educação?

É dever do clube acompanhar a frequência escolar dos atletas?

Em sua opinião, é dever do clube acompanhar o desempenho escolar dos atletas?

Mau desempenho escolar deve tirar atleta de competições?

É possível criar um ambiente de lazer?

É possível criar um ambiente de aprendizagem ao convívio social?

Quais assessorias são indispensáveis à formação do atleta?

Até que ponto o clube deve “tampar buracos” socioeducacionais?

Quais as responsabilidades do clube uma vez que os jovens estão distantes da família?

Como temos acompanhado, o momento pede uma grande reforma em nosso futebol. As opiniões e manifestações por um futebol melhor estão cada vez mais frequentes e com maior adesão.

Quem está envolvido direta ou indiretamente com a modalidade deve se perguntar, todos os dias, se está fazendo a sua parte.

Não deixe que o ambiente alienador e improdutivo parta de você!

Aguardo sua opinião para, ao longo do ano, continuar escrevendo sobre o tema.

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