Os descendentes

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Sou fascinado por biografias.

Não apenas no sentido literal da coisa – gostar de livros ou filmes sobre a história de vida das pessoas.

Sempre que possível, fiquei próximo das pessoas para aprender com suas experiências e, também, entender as razões e causas que as movem em direção a uma vida bem vivida.

Além disso, também me atraem as venturas e desventuras de empresas e instituições que, quando bem contadas e desveladas dos exageros, costumam ser valiosas doses de aprendizado.

Naturalmente, muita coisa se perde nas entrelinhas da realidade experimentada pelos protagonistas, e cai no campo das memorias embaçadas, reminiscências distantes, ou, por outro lado, de cores carregadas, por vezes romantizadas, que não expressam com fidelidade a essência da pessoa ou da instituição.

Como sempre se diz, somos a soma de todas as nossas coisas, de toda nossa história e estórias.

Família, amigos, escola, relacionamentos, trabalho, consistem na forja de quem somos e o que fazemos.

Se apenas quisermos, como disse, saber a respeito de uma pessoa, ou de uma instituição, não é difícil termos acesso a informações relevantes.

Entretanto, para as conhecermos e entendermos, efetivamente, devemos “subir o rio”, cada vez mais em direção à nascente e, ali, a compreensão fica mais clara e limpa.

A acomodação do dia a dia nos impede de exercitar essa caminhada, essa observação atenta.

Apenas nos damos conta de como é importante, e bom, conhecer que nos cerca, quando já estão longe.

Fui ao lançamento do livro do meu amigo Paulo André, intitulado “O Jogo da Minha Vida – Histórias e reflexões de um atleta”, na semana passada.

Foi um evento altamente prestigiado, em que compareceram jornalistas, jogadores, gestores esportivos, celebridades e, também, amigos e familiares.

PA, como é conhecido por quem é próximo, cultiva com muita afeição o circulo de amizades e, principalmente, com a família.

A família comunga dos mesmos propósitos e valores, o que faz ficar nítida a contribuição havida na formação de vida e na biografia do PA.

Aliás, muito bacana que tenha lançado em vida – que segue e, seguramente, dará ensejo à atualização da obra daqui a uns anos.

Nós mesmos “escrevemos” nossas biografias todos os dias, ainda que, apenas, na energia compartilhada com o cenário que nos cerca.

Portanto, também devemos percorrer nossos rios em direção à nascente, assim como percorrer os rios das pessoas que nos são valiosas na vida.

Não mudaremos o seu curso, mas saberemos como se formou e como descendeu até a foz.

Como afirma Gabriel Garcia Marquez: “Converte-te numa pessoa melhor e assegura-te de saber quem és antes de conhecer mais alguém e esperar que essa pessoa saiba quem és”.

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br
 

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