Palmeiras e Flamengo: são mesmo os melhores?

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Neste período pré-competição o debate no futebol dificilmente vai se voltar para ideias de jogo, complexidade, sinergia entre jogadores, complementaridade de características dentro das posições/funções de uma equipe, etc. Se nem quando estamos com os jogos acontecendo de quarta e domingo conseguimos discutir o jogo com muita profundidade, nos perdendo em polêmicas e fofocas vazias, agora muito menos.
E aí mora um perigo muito grande: como analisar uma equipe sem vê-la jogando? Ponderar sobre um time “no papel” é algo fiel a realidade? Pouco provável.
É claro que Palmeiras e Flamengo, por méritos de suas respectivas administrações, têm mais poderio financeiro para fazer melhores contratações. Não vou entrar no mérito se os valores pagos são compatíveis e justos. Mas é inegável que foram contratados bons jogadores e que atletas de mais qualidade, que resolvem melhor os problemas do jogo, aumentam a probabilidade de você ter uma melhor equipe.
Porém, estamos falando de um jogo em que a imprevisibilidade domina. Quando falo em aumentar a probabilidade de vitória, estou passando longe de garantia de vitória. No ambiente caótico do futebol muitas vezes não vai vencer a equipe que tem os melhores jogadores. Vai vencer o time que tem: o melhor ambiente de grupo, a melhor ideia de jogo adaptada ao que cada peça tem de melhor, a que sabe lidar com mais inteligência tanto com vitórias como com derrotas, a que cria elos de ligações tão forte entre os jogadores que ao invés de onze parece que tem quatorze em campo, a que o treinador tem mais respaldo e tranquilidade para trabalhar.
Enfim, poderia aqui enumerar centenas de situações que extrapolam olhar para um campograma com nomes de atletas e dizer se essa equipe terá ou não sucesso.
Nossa cultura futebolística sempre foi muito individualista. Tivemos sucesso tendo os melhores jogadores. Conceitos coletivos nunca foram nosso forte. Apenas quero lembrar que o mundo e, consequentemente o futebol, não é mais o mesmo. O olhar que tivemos no passado não nos garante vitórias no presente. Pelo contrário. Nos cega e nos deixa parados no tempo.
 

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