Para fazer mais gols!

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Joga-se futebol para fazer mais gols que o oponente! Na busca desse objetivo, cada treinador operacionaliza o processo de treinamento de sua equipe de modo que a mesma seja mais eficaz em sua fase ofensiva. Ser eficaz no momento ofensivo do jogo significa transformar em gol a maior quantidade de ações possíveis em que houve invasão da zona de risco do adversário.

Para invadir a zona de risco do adversário, alguns preferem as bolas paradas; muitos, as jogadas pelas laterais que resultam em cruzamentos; outros, as jogadas individuais e ainda há os que preferem as jogadas pelo meio (aquelas que muitos “especialistas” afirmam nunca ser uma boa opção).

Para quaisquer das opções escolhidas, uma gama de competências táticas individuais e coletivas serão necessárias para ser cumprida a ideia do treinador.

E, analisando diferentes treinadores, o que é possível observar em algumas equipes de alto nível do futebol mundial no tocante à invasão da zona de risco do oponente?

A penetração na linha de defesa.

A penetração é uma ação tática individual que tem como conceito a ocupação do espaço, feita por algum jogador que esteja à frente da linha da bola, nas costas do defensor e que pode ser realizada em qualquer região do campo.

Como a coluna aborda a aproximação da zona de risco, a penetração em questão refere-se à ocupação do espaço atrás da última linha de defensores e que ocorrerá predominantemente através dos meias e atacantes.

No plano individual, para o atleta que executa a penetração, é preciso que tenha desenvolvido o conjunto de habilidades a seguir:

Antecipação da ação do passe em profundidade;
Leitura do posicionamento do penúltimo defensor para não se movimentar em impedimento;
Movimentações em diagonal nas costas dos defensores.

No plano coletivo, o atleta em posse da bola, que fará o passe para a ação de penetração do companheiro, deverá desenvolver:

Observação de espaços vazios importantes atrás da linha de defensores;
Percepção das características do jogador para quem faz o passe;
O timing da ação para não fazer passe para companheiro em impedimento;
Qualidade de passe para o ponto futuro.

Ainda no plano coletivo, além do jogador anteriormente mencionado, a leitura de outros companheiros da equipe para a ocupação do espaço deixado pelo atleta que realizou a penetração pode gerar desequilíbrios na organização defensiva adversária que, neste tipo de situação, precisa de comportamentos defensivos muito bem estabelecidos para não serem superados. Nas incertezas da interceptação do passe, no adiantamento da linha para deixar o atacante em impedimento ou na recomposição para evitar o recebimento da bola após penetração, ter mais um jogador nesta ação (devidamente posicionado) será um complicador para a ação defensiva.

Abaixo, alguns lances de penetração retirados de Barcelona, Manchester United e Real Madrid, válidos pela fase de grupos da Uefa Champions League 2011/2012.
 


 

Desenvolver essas habilidades nos jogadores demanda tempo, treinamento e conhecimento. É importante mencionar que esta não é a maneira exclusiva de chegar com qualidade à zona de risco do adversário.

É fato, porém, que chegar com qualidade nesta região privilegia os ávidos pelo bom futebol, pelo espetáculo e pelo alto nível competitivo.

E, após chegar com qualidade, talvez o número de finalizações perigosas da equipe aumente, ao contrário de simplesmente se treinar finalização.

Somente finalização, não!

Para interagir com o autor: eduardo@universidadedofutebol.com.br

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