Polêmica no clássico

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Mais um clássico mineiro decisivo e novamente a “guerra” de bastidores roubou a cena e tornou-se protagonista.

Previamente marcado para domingo, o Cruzeiro, mandante da partida contra o Atlético, válida pelas semi-finais do Campeonato Mineiro interessou-se na antecipação do clássico para o sábado, em virtude de compromisso importante pela Libertadores na terça-feira.

O Atlético, por sua vez, como jogou no México e teria uma longa viagem de retorno pela frente, preferiu que a partida contra seu rival ocorra no domingo.

Entre os clubes diretamente interessados havia a Federação Mineira de Futebol, organizadora da competição e a Rede Globo de Televisão, detentora dos direitos de transmissão.

O regulamento aplicado ao Campeonato Mineiro estabelece que a tabela poderia ser alterada pelo Presidente da FMF, de ofício, ou seja, sem solicitação, ou mediante requerimento formal e fundamentado dos interessados (mandante e emissora transmissora).

A alteração de ofício pelo Presidente da Federação poderia apresentar afronta ao Estatuto do Torcedor, que a exige a divulgação prévia da tabela e a inalterabilidade do regulamento, o que poderia trazer a interpretação de que eventual mudança nas datas e/ou horários de jogos deva ser excepcional e, portanto, de forma fundamentada.

Com a partida no domingo, o Cruzeiro entrou em campo na terça-feira, com intervalo inferior a 60 horas, o que corresponde a relevante fundamento.

Outrossim, a antecipação da partida, nos termos do regulamento dependeria de anuência da empresa detentora dos direitos de transmissão, no caso em tela, a Rede Globo.

Dessa forma, se Cruzeiro e Globo optassem pela mudança, ela ocorreria independente da vontade do Atlético, eis que o mando era do rival.

No entanto, a Rede Globo condicionou sua anuência à concordância por parte do Atlético que não aceitou a alteração na data da partida, assim, a empresa detentora dos direitos de transmissão optou pela manutenção da partida no domingo.

Irresignado, o Cruzeiro apresentou Mandado de Garantia à Justiça Desportiva que foi negado pelo Presidente do TJD mineiro.

Independente do resultado desse imbróglio, Atlético e Cruzeiro, novamente, transformaram o ápice do futebol mineiro em um momento menor, diminuído pela falta de diálogo e pela rivalidade nos bastidores.

Passou da hora dos dois maiores clubes de Minas Gerais entenderem que tem nas mãos um dos produtos mais valiosos do esporte brasileiro e passarem a buscar soluções profissionais e voltadas a atender aos interesses do torcedor.

Portanto, de novo, pouco importou o resultado da partida porque Cruzeiro e Atlético já foram perdedores. 

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