A praticidade de Felipão que ainda funciona

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O estudo no futebol vai pouco a pouco ganhando espaço no Brasil e eu sou um entusiasta disso. Me fascina ler, procurar e pesquisar o que há de mais moderno no mundo da bola. Conhecimentos sobre tática e metodologias de treinamento – dois pilares da alta performance esportiva – sempre existiram, é verdade. Mas nunca tivemos algo tão bem elaborado como o que há atualmente.
E é nesse contexto em que a nova geração de profissionais do futebol busca se aprofundar em princípios, sub-princípios operacionais de ataque, defesa, transições e entender tudo sobre periodização de treino, que um treinador como Luiz Felipe Scolari, que carrega a antítese de todo esse movimento, triunfa e ainda consegue muito sucesso.
Mais do que cair no erro e na preguiça mental, que tanto os estudiosos condenam, de criticar Felipão e falar que os métodos deles estão ultrapassados e só funcionam porque conta com um elenco milionário, prefiro buscar o que ele faz muito bem para conduzir seus times a conquistas.
Felipão com suas conquistas e com sua idade não está preocupado com o futuro do futebol. O que importa para ele é a vitória. E para isso, Scolari tem de sobra o que falta em muitos técnicos que ficam dando murro em ponta de faca por aí: simplicidade no jogo e tato com os atletas.
Falar da família Scolari já é chover no molhado. Todos sabem e conhecem o jeito que ele lida com o grupo, dando pancada quando as mancadas acontecem, mas dando carinho quando o momento pede. E a simplicidade no jeito de jogar também está escancarada para todos verem. Podemos questionar se há beleza no jogo do Palmeiras, mas nunca podemos falar que não há eficiência. Os times de Felipão gastam a energia necessária para fazer mais gols que o seu adversário. Os padrões de atacar com muito lançamento e deixar a bola em disputa o mais próximo possível do gol rival e de defender com muitos jogadores com encaixes individuais estão aí para todos verem.
Usar a bagagem de conhecimento que os jogadores já tem, buscar cumprir a lógica do jogo e priorizar a objetividade e a conexão emocional com os atletas pode ser o pulo da gato para quem estuda muito. Unir o que há de novo com o que Felipão tem mostrado que funciona poder responder várias perguntas para quem se aprofunda muito no modelo, mas tem pouco resultado prático. Não devemos nos esquecer que o sucesso deixa pistas e não é obra do acaso. Aprender com o que funciona é um gesto nobre e inteligente.
 

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