Presente de Natal no maior do mundo

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Sou apenas mais um a tentar descrever o que se passa na cabeça de alguém, cujo futebol está no sangue desde pequeno, quando se entra no Maracanã.

Nelson Rodrigues e um sem número de cronistas esportivos, ao longo dos quase 60 anos do mítico estádio, o fizeram muito melhor, com a perfeita combinação entre futebol, prosa e poesia.

Parte do sonho de criança, em se tornar jogador de futebol, passa pela imaginação de atuar nos mais importantes palcos desse esporte, em todo o mundo: Wembley, Camp Nou, Santiago Bernabéu, San Siro, La Bombonera, Monumental de Nuñez, Azteca, Morumbi, Mineirão e Maracanã.

Maracanã, o maior do mundo. Atualmente, não é o maior em número de espectadores. Mas continua sendo o maior no imaginário coletivo do futebol mundial, especialmente, pelo posto ocupado pelo Brasil como maior vencedor desse esporte em Copas, além dos grandes craques aqui revelados que fizeram o país ocupar o primeiro lugar no panteão.

Pude experimentar de perto, bem de perto, a energia que circula por todo o estádio, nos corredores, nos túneis, nos vestiários, no gramado, nas arquibancadas, no salão nobre, durante a última segunda-feira.

Foi na 3ª edição do Torneio Gol de Letra, realizado pela fundação de mesmo nome, presidida pelos ex-jogadores Raí e Leonardo.

Empresas inscrevem suas equipes de colaboradores para participarem, e o valor das inscrições é revertido para os trabalhos desenvolvidos pela entidade. Na primeira fase, os jogos foram disputados no Centro de Futebol Zico (CFZ).

As partidas finais, das equipes fair play e das vencedoras do fim de semana, são disputadas em pleno Maracanã. E, após esses jogos, a disputa do jogo dos ídolos, com os capitães Raí e Bebeto de cada lado.

Tudo impressiona no estádio. A chegada ao imponente palco, a calçada da fama, com os pés dos grandes craques do passado e do presente emoldurados no chão.

É um crescente em emoção, contagiante. Os pensamentos que nos tomam ao perambular por ali remetem às grandes histórias vividas por heróis, vilões e ilustres desconhecidos como eu ao longo da sua existência. Energia pura.

Participei como convidado, no time do capitão Bebeto. Joguei ao lado de Mauro Galvão, Ailton, Julio Cesar Uri Geller, Romário, Macula. E contra Sávio, Raí, Beto, Djalminha, Nélio, Maurício.

Ganhamos de 5 a 2. Tive a dura missão de tentar marcar o meio-campo acima. Mas o que ganhei foi muito maior e mais importante do que o resultado.

Ganhei, de presente, o sonho de menino, embalado no maior do mundo, com muitas surpresas dentro dele.

O “Maraca” foi meu por algumas horas intensas. Será até o fim da vida.

Entretanto, tenho certeza que, assim como tantos outros que ali pisaram no gramado para jogar dividiram com sua família e com os amigos este fantástico presente.

Faço o mesmo com os meus. Em especial, com meu pai, Oscar, que soube transmitir para mim a paixão pelo futebol e tudo aquilo que ela suscita, particularmente, o lado bom, que ficou impregnado em meu caráter.

Isso não tem preço, mesmo.

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br

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