Princípios de jogo defensivos e os problemas que podem terminar em gols

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Ao assistir a uma partida de futebol por alguns minutos, é possível observar uma repetição de comportamentos nos quatro momentos do jogo que, numa análise mais ou menos complexa, permite identificar quais são as características de cada equipe e o quão elaborado é a manifestação dos seus princípios de jogo.

Aplicar um jogar elaborado no que tange a referência operacional de proteção do alvo compreende manifestar no nível individual e coletivo alguns elementos que são fundamentais para o sucesso defensivo.

Entre estes elementos, que podem ser facilmente observados em equipes de alto nível do futebol mundial, destacam-se: a ocupação de setores importantes, próximos à zona de risco, entre bola e alvo; a presença de comportamentos táticos coletivos comuns (flutuação, equilíbrio, retardamento, compactação, recomposição, etc.); a redução em espaço e tempo da ação do adversário e a ação individual a partir de todas as referências do jogo (bola, adversários, companheiros e alvo).

Estes elementos, se reproduzidos nas inúmeras situações imprevisíveis que acontecem num jogo de futebol, possibilitam que todos os atletas tenham a mesma resposta (e não a mesma ação) durante os 90 minutos. Uma utopia (e um sonho) para qualquer treinador!

Nos quatro últimos jogos da Copa SP, o Corinthians teve como adversários Primeira Camisa-SP, América-MG, Atlético-PR e Fluminense-RJ. Algumas imagens de cada uma destas equipes, relacionadas à proteção do alvo, foram editadas para a discussão referente ao tema desta semana.

Como sugestão, aconselho acompanhar cada lance com o seu respectivo comentário para maior compreensão didática do vídeo.
 


 

Abaixo, os problemas defensivos que de alguma forma influenciaram o placar final de cada um dos confrontos:

1-Jogador como única referência de marcação e setores importantes vulneráveis (00:03 a 00:06);

2-Volante do 1x4x1x4x1 com referência individual de marcação e consequente má ocupação da zona de risco (00:11 a 00:15);

3- Linha defensiva bem postada, porém, combate à bola da linha de meias em detrimento à proteção da zona de risco e lentidão na recomposição (00:19 a 00:22);

4-Excessiva lentidão para ação de comportamentos táticos coletivos, referência de marcação individual e setores importantes vulneráveis (00:33 a 00:37);

5-Ineficiente ação de retardamento, combate à bola em detrimento a proteção do alvo (00:43 a 1:02);

6-Plataforma de Jogo do América-MG 1x4x2x3x1

7-Uma das únicas equipes que tentou sair jogando em toda competição. Infelizmente, a Lógica do Jogo não “perdoa” (01:12 a 01:20); (obs: que o treinador assim mantenha suas equipes)

8-Escanteio a favor do Corinthians. Quatro jogadores na linha da marca penal e ataque à bola após cobrança aberta (1:23 a 1:26);

9-Comportamento coletivo distinto, perda da linha defensiva e setor importante vulnerável (1:29 a 1:41);

10-Escanteio a favor do Corinthians. Quatro jogadores na linha da marca penal e um na pequena área. Ataque à bola após cobrança aberta (1:43 a 1:46);

11-Mau equilíbrio da linha de defensores e meias. Setor importante vulnerável. (1:49 a 1:59);

12-Linha defensiva com comportamentos coletivos não comuns, setor importante vulnerável, referência individual de marcação (2:04 a 2:14);

13-Escanteio a favor do Corinthians. Fluminense marca como está indicado no vídeo (2:21 a 2:25);

14-Escanteio a favor do Corinthians. Fluminense repete a forma de marcação (2:26 a 2:31);

15-Escanteio a favor do Corinthians. Fluminense repete a forma de marcação (2:32 a 2:36);

16-Escanteio a favor do Corinthians. Fluminense repete a forma de marcação. Por optar pela marcação individual, o atleta que marca Antônio Carlos não reage à mudança de direção e é ineficaz na marcação (2:42 a 2:51);

Termino o texto deixando uma pergunta: face aos inúmeros recursos ofensivos que o Corinthians demonstrou (bolas paradas, jogadas individuais, movimentações, ataque pelas laterais, pelo corredor central, transição rápida, finalizações de fora da área) e as dificuldades circunstanciais identificadas de cada um dos adversários, o que (e como) treinar para melhorar?

Aguardo sugestões!

Para interagir com o colunista: eduardo@universidadedofutebol.com.br
 

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