Sociedade Anônima Futebol Clube

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Dia desses o autor desta coluna foi convidado para entrevista em programa de rádio para comentar sobre alguns aspectos da transformação do departamento de futebol profissional do Botafogo Futebol Clube (Ribeirão Preto) em sociedade anônima, aprovada por unanimidade no conselho deliberativo do clube. Não é um cenário novo no futebol do Brasil. Entretanto, tem tudo para ser bem executado. Proporciona inúmeras oportunidades para a gestão, para o marketing do futebol, e, sobretudo, em benefício para torcedores e atletas.

Em primeiro lugar, com esta iniciativa o clube está mais voltado para o mercado. Dependerá cada vez mais da satisfação e do retorno das partes que investem no clube: acionistas e torcedores. Presume-se que todo o investimento feito terá que ser otimizado a não depender de um mecenas – como aconteceu anos antes com o rival o Comercial Futebol Clube – ou interesses que não coincidam com os que a organização possui, pautados pelos valores, visão e missão, como já tratamos em outros textos por aqui. Por isso as receitas e despesas exigirão extrema austeridade e, consequentemente, transparência. Os desempenhos, esportivo e financeiro, serão minuciosamente analisados: para gerar mais rendimentos financeiros, a organização dependerá do rendimento esportivo, a fim de cativar a torcida através de equipes competitivas e um bom recinto para o jogo, para que o público possa acompanhá-lo; além de, a prazo, colocar um futebolista no mercado em grandes praças do futebol nacional e internacional.

Os torcedores podem se beneficiar disso, com melhores equipes e melhor estádio. Uma instituição voltada para as atuais demandas, majoritariamente relacionadas ao conforto e à segurança. Os atletas também, haja vista que, como em uma empresa, poderão ter maior noção do que é ser colaborador, sobre fazer parte de um projeto maior, que diz respeito a uma organização, com visão, orientação e entendimento sobre as suas tomadas de decisão.

Este projeto do Botafogo tem tudo para ser a celebração do profissionalismo que tanto se almeja no país. Já acontece em outros clubes-empresa e já aconteceu em outras instituições de série A e série B do futebol do Brasil. Entretanto, um dos poucos e senão o único sendo aplicado em importante centro econômico do interior do país, em clube centenário, com atuante massa associativa e relevante palmarés.

Estádio Santa Cruz, do Botafogo Futebol Clube. (Foto: Fernando Gonzaga)

 

Portanto, o projeto do “Botinha” tem tudo para ser bem-sucedido. À sua torcida, é preciso paciência, uma vez que os resultados podem não vir imediatamente. Igualmente à consolidação do projeto: levará tempo. Como tudo na vida. Entretanto, o clube seguirá existindo com consistência e solidez, a deixar um legado com algo que pode ser referência no futebol do Brasil.

 

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