Talento: propriedade inata ou aprendida?

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade
Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade

Quando nos deparamos com jogadores refinados tecnicamente e tomando decisões certeiras durante os jogos, ouvimos logo que ali se encontra um talento, um craque, um gênio… coisas do gênero. Alguns ousam dizer que tal jogador realiza tudo com muita facilidade. Mas o que poucos percebem é o quanto este jogador procurou se aprimorar continuamente; ou seja, não basta ser melhor uma vez, é preciso fazê-lo constantemente, procurando sempre algo a ser aprimorado e jamais conformando-se com o nível em que está.
Então, a pergunta que fica é: existe talento sem esforço? Penso que o maior talento de um indivíduo é justamente a capacidade de se esforçar. Mas a conta não fecha aqui, pois a aplicação deste esforço em um milhão de horas de experiência pode não produzir melhoras significativas, mas com os estímulos adequados, sim.
Significa, então, que qualquer um pode ser um talento? Não! Principalmente no futebol, alguns fatores, como as capacidades motoras e perceptivo-cinéticas, além da execução correta dos fundamentos técnicos, interferem fundamentalmente o processo de desenvolvimento do talento.
Algumas visões sobre o tema abordam estas questões de maneira muito interessante. Uma delas é que os talentosos nascem com a habilidade “em potencial”; que o treinamento é necessário para atingir um alto nível de desempenho, mas que a habilidade inata estabelecerá os limites do nível que o indivíduo pode alcançar. A outra visão, é que os talentos são criados pelo treinamento e o que distingue os talentosos dos “comuns” é que após anos de prática, o treino serviu para modificar seus circuitos neurais para produzir representações mentais altamente especializadas que tornam possível um reconhecimento de padrão incrível, além de soluções de problemas e outras classes de habilidades especiais que os permitem sobressair em suas atividades.
Por mais que exista uma diferença de semântica entre as abordagens acima, o que realmente me chama a atenção é que ambas concordam que para gerar o talento é necessário treinar para melhorar.
Assim, sabemos que o talento, a excelência, se demonstra nas ações. Desta forma, a prática precisa ser reflexiva, ter objetivos concretos e bem definidos, implica feedback preciso para identificar exatamente onde e em que estamos falhando e talvez a parte mais importante, sair da zona de conforto. Ou seja, fazer algo que não éramos capazes de fazer.

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Share on pinterest

Deixe o seu comentário

Deixe uma resposta

Mais conteúdo valioso