Tecnologia no futebol: será que agora vai?

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Em março está prevista a reunião de número 125 da International Board, entidade que gerencia e cuida das regras e rumos do futebol mundial.

Em vários outros momentos já discutimos seus interesses e criticamos algumas de suas decisões, sobretudo quanto à resistência em adotar a tecnologia na modalidade.

Porém, o que se desenha e cria-se de expectativa no universo do futebol é que esse encontro que acontecerá no País de Gales tem tudo para trazer novidades, uma vez que teremos em pauta discussões da Junta Geral Ordinária, setor responsável e único com autonomia dentro da própria entidade para decidir alterações no jogo propriamente dito.

Tal expectativa é grande, reforçada pela abertura que a entidade teria dado a empresas apresentarem projetos de inovação, sobretudo no aspecto da tecnologia na linha do gol, até o fim do ano passado (2010). Isto respaldado ainda por uma pré-aprovação para o uso desse tipo de tecnologia.

Março se aproxima, e nós que atuamos na área esperamos o que pode vir. Confesso que mantenho meu nível de expectativa lá embaixo, pois sabemos o quão tradicional e conservadora é a International Board.

Mas me arrisco a comentar, sucintamente, alguns tópicos que seriam interessantes para o futebol, que não saberemos se estarão ou não na pauta da reunião no País de Gales. E já antecipo qual seria o veredicto da mesma:

Adoção de cinco árbitros

o A inovação há mais tempo testada já possui relatórios contundentes. Os resultados não são promissores nem favoráveis ao seu uso. Creio que não seria aprovado. Embora não gostaria de fazer previsões de horóscopo, daquelas que diz que uma coisa pode acontecer, mas que também tem chance de não acontecer, acredito que possa ser adotado como estratégia de minimizar os ânimos daqueles que querem ver mudanças. Essa seria uma saída mais viável a fim de não ferir demais os egos conservadores.

Tecnologia em linha de gol

o Pela pressão permanente e ampliada com a polêmica da última Copa, já causou impacto nas movimentações e bastidores da entidade, e creio que seja oficializada uma metodologia e padrões para seu uso na reunião de março, ou no mínimo um cronograma para sua implementação.

Olhos de falcão

o Tecnologia de ver replay de lances polêmicos, embora adotada em outros esportes e com sucesso, possui uma resistência enorme na entidade, e imagino que seja uma carta fora do baralho.

Poderíamos discutir inúmeras outras soluções e inovações, mas que dificilmente estariam na pauta da International Board e que vale a pena deixarmos no ar para futuros debates. Poderíamos falar de um cartão eletrônico integrado com súmula, chips e/ou câmeras que identificassem automaticamente lances de impedimento, tecnologia que auxilia a manter a distância de 9,15 em lances de faltas, enfim, possibilidades não faltam. Falta-nos, sim, criatividade para usufruir da tecnologia que já existe no mundo hoje, e coragem de colocá-las em prática.

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br  

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