Treinadores lá e cá

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O tema desta semana tem relação com um assunto que estamos batendo na tecla há algum tempo. Mas desta vez o estímulo vem do exterior. Mais precisamente de uma reportagem da Sports Illustrated, indicada e gentilmente traduzida pelo amigo Luiz Haas:

Vejam que as queixas sobre escolha de treinador de acordo com o perfil do clube não são de exclusividade das terras brasileiras.

Tradução de parte do texto: “Como encontrar o técnico certo”.

Destaques da história:

– Quando clubes procuram por novos treinadores, sempre existem filosofias contraditórias.

– Muitos clubes, salvo raras ocasiões, não possuem um plano de sucessão para o caso de precisarem mudar de treinador.

– Os clubes tomam decisões baseadas na reputação do treinador e não no seu perfil.

Em uma semana no mês passado, os jornais ingleses reportaram nomes que concorrem para ser o novo técnico do Chelsea. Pep Guardiola, foi reportado em alguns locais, terá uma oferta de um contrato aproximado de 40 milhões de libras isento de impostos, enquanto o The Times reportou que Laurent Blanc era o favorito. José Mourinho continua sendo uma possibilidade, afirmou o Daily Mail, enquanto o The Mirror vem ridicularizando que haja qualquer aproximação por conta das desavenças passadas com Roman Abramovich.

Quatro técnicos, todos no topo de suas profissões, porém cada um com filosofias e visões totalmente diferente de como o jogo deve ser jogado, como seus jogadores devem ser tratados e, principalmente, como eles encarariam o seu papel caso trabalhassem em Stanford Bridge.

Esse quarteto, que figura com destaque nas listas de apostas para o próximo técnico do Chelsea, lembra o levantamento que outros dois clubes possuíam quando procuravam técnicos na última temporada.

Na lista do Inter de Milão estavam: Gianpiero Gasperini, Fábio Capello e Bielsa; os cotados do Aston Villa eram: Steve McLaren, Alex McLeish, Rafa Benitez e Roberto Martinez. Nos dois casos, cada treinador parece diretamente o oposto um do outro.

Essas discrepâncias ocorrem quase todas as vezes que um novo cargo aparece no meio do futebol. Há alguns dias, por exemplo, foi reportado que a English FA logo estaria em contato com dois candidatos, sobre assumir o comando da seleção na Euro 2012: Roy Hodgson e Harry Redknapp. Ambos possuem pontos fortes, certamente, mas são muito diferentes em resultados e estilo.

O dilema sofrido pela diretoria do Manchester City neste verão, se o United mantiver a liderança da Premier League e ganhar o título, poderá centrar-se sobre a possibilidade de manter Roberto Mancini no comando; quem, se existe alguém, poderá fazer um trabalho melhor, enquanto o clube mantém a linha de busca incessante de alcance global e aceitação de seus fãs em termos mercadológicos?

Esse último ponto é importante: como Graham Hunter apontou em seu maravilhoso livro Barça: The making of The Greatest Team in the World, José Mourinho foi entrevistado para a posição de técnico antes de Pep Guardiola ser escolhido, mas insistiu que parte de sua função era de atuar como um centralizador. Essa não era a imagem que o Barcelona queria demonstrar e então eles procuraram comandantes em outro lugar.

Então: o que se passa pelo pensamento por trás de uma nomeação de um treinador? Esses clubes sabem alguma coisa que nós não sabemos? Estas foram as perguntas feitas a dois diretores executivos, um da Premier League e outro do Champions, por algumas orientações sobre como eles tratam da nomeação de um novo treinador.

Enfim, daí segue a matéria, que foi deixada apenas como degustação mesmo e para uma reflexão mais ampla sobre a forma como que contratamos pessoas para os clubes e seu alinhamento efetivo com a cultura destas organizações. Vale à pena a leitura completa do texto indicado no link.

Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br
 

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