Troca de comando

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Na coluna desta quarta-feira vou pegar um gancho em uma edição especial do Jornal “Meio & Mensagem”, também desta semana, que traz na capa o mesmo título da nossa coluna, embora a abordagem daquele conceituado veículo trate da sucessão em grupos e agências do meio publicitário.

A base de discussão tem a ver com os melindres e anseios das organizações em mudarem pessoas (e conceitos) após um determinado período de tempo. Isso se reflete na transição, principalmente, de empresas familiares para um modelo de gestão diferente ou mais profissional. De acordo com a reportagem, citando o IBGE: “70% das empresas familiares não sobrevivem à passagem de comando para a segunda ou terceira geração”.

No nosso contexto, que são os clubes de futebol, eles não morrem (como organizações) pelo seu caráter social e identidade cultural com a região onde foram fundados. Mas as transições de poder e continuísmo de estratégias e planos têm um desenho muito parecido com as empresas do mundo corporativo.

Vamos ficar em três exemplos básicos: (1) assistimos na segunda-feira a passagem de bastão da família Perrella, 17 anos no poder do Cruzeiro, para um sucessor, Gilvan Tavares, que na realidade era candidato da situação e venceu com folgas o pleito – deverá assumir o clube a partir de janeiro de 2012; (2) no Palmeiras, embora não tenhamos um sobrenome, temos a comunidade italiana a comandar (e incomodar) os bastidores do clube; (3) na mesma lógica ocorre com a Portuguesa, desta feita pelos laços lusitanos.

São casos muito parecidos com aquilo que ocorre no mundo corporativo. A diferença é que nos clubes não há um dono, embora alguns dirigentes pareçam. Também que nos clubes existem as eleições de uma maneira mais ampla do que a escolha de diretores ou presidente dentro das empresas.

A verdade é que pouco importa, neste caso, a questão legal ou normativa de cada entidade. O fato é que, à medida que ocorre uma ruptura abrupta de uma linha de trabalho no nível estratégico para outra, que sucederá a anterior, é preciso atentar-se para alguns pontos, de acordo com a própria reportagem do Meio & Mensagem:

1.Preparo: quem está por vir deve estar bem preparado e entender o mercado e a organização que assumirá o comando.

2.Planejamento: programar a ação de transição, sem negligenciar informações no lapso de tempo que vai da saída da atual gestão para a nova.

3.Pessoal: aproveitar ao máximo os recursos humanos de qualidade existentes na organização, pois serão eles os responsáveis pela manutenção de um ciclo virtuoso de aprendizagem.

Para que a troca de comando seja algo saudável e benéfico para uma determinada organização, é fundamental a atenção a tais princípios. Do contrário, a mesma começará do zero a cada mudança na cúpula diretiva.

Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br

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