Um jogo

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Bastou um jogo. Apenas 90 minutos determinaram uma mudança radical na percepção que a opinião pública tinha sobre o desenvolvimento do futebol brasileiro. De um ano eufórico, com o otimismo presente no rosto de dirigentes, treinadores e jogadores, para um final de ano de muitas e muitas reflexões.

Este foi o saldo do jogo Barcelona e Santos, realizado no último domingo no Japão. Apesar dos comentários gerais buscarem culpados, a lição mais importante está presente na coletividade. Mesmo que a imprensa credite os louros a Messi, vale reforçar que não existe em lugar nenhum do mundo um grande maestro sem uma banda competente.

Já vivenciei, há poucos anos, discussões para que os clubes brasileiros formem jogadores fortes e altos para servir ao mercado europeu. O que acontece é que o mercado europeu sentiu a necessidade de formar jogadores brasileiros, rápidos e habilidosos. Cada vez que nos distanciamos da nossa cultura, mais difícil é se aproximar de outras, ficando no meio do caminho entre o ser e o querer ser.

Mas a lição principal, novamente, é dar tempo ao tempo. O planejamento e a defesa irrestrita de um plano mais uma vez aparece como modelo a ser seguido, tal e qual fez o Barcelona há 30 anos. E não podemos jogar no lixo todo o bom trabalho que o Santos está implementando que, em seguindo nesta linha, tendem a dar frutos contínuos nos próximos anos.

Os espasmos de euforia são contraditórios em razão daquilo que se imagina de pensamento contínuo e estruturado, como ocorre no Brasil. A reflexão para 2012 é: qual a cultura do seu clube? Qual o perfil desejado de jogadores e treinadores? Quem deve se adaptar a quem (treinador ao clube ou clube ao treinador)? Quais as competências desejáveis do gestor e sua postura perante a opinião pública?

Enfim, a análise passa pelo trinômio básico de “missão, visão e valores”, existente em grande parte das organizações, mas tão difícil de ser aplicado nos clubes de futebol do país.

Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br

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