Uma questão de bom senso

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“Muito futebol mata o futebol.”

Essa é uma frase um tanto já repetida por aí. Vale dizer, tudo o que é feito em demasia acaba sobrecarregando os fundamentos em que se escora qualquer atividade humana.

Não à toa, o Bom Senso FC tem como principal ponto de discussão sadia a adequação do calendário às diferentes realidades pelas quais passa nosso futebol.

Com todas as ressalvas e proporções feitas à parte do que os atletas vivenciam, também reconheço que vinha sentindo o peso do calendário junto às minhas obrigações como colunista semanal.

Embora jamais tenha tido a pretensão de ser um virtuose das linhas e entrelinhas que aqui percorri ao longo dos últimos anos, ter inspiração, foco e disciplina, non-stop, mantendo a qualidade do “toque de bola” não me estava sendo mais tão simples.

Portanto, resolvi invocar um período breve de afastamento da Universidade do Futebol, por duas razões: pela intensidade de atribuições profissionais que me impedem acumular esta função na reta final de ano; pela necessidade de reflexão e redefinição estratégica da abordagem que pretendo adotar em meus textos a partir de janeiro de 2014.

Nos últimos tempos, tenho dedicado trabalho e estudos ao que poderia ser traduzido como responsabilidade social no futebol.

Seja atuando junto ao Programa Gols pela Vida, do Complexo Pequeno Príncipe; seja contribuindo, menos do que gostaria, com a própria UdoF nesta temática; seja junto ao MBA finalizado, recentemente, pela George Washington University, meu olhar está atento ao papel transformador e desenvolvimentista do futebol em nossa sociedade.

Assim sendo, pretendo, quando da retomada das colunas no ano que vem, aproveitar todo esse conjunto de experiências acumuladas, para aprofundar ainda mais as reflexões a respeito e compartilhar com nossos leitores, ao mesmo tempo em que sei que, seguramente, isso criará um canal de diálogo valioso com os que se interessam sobre responsabilidade social no futebol.

Acredito que o ano de 2014 e o contexto da Copa do Mundo no Brasil favorecerão o debate sobre nosso futebol num amplo sentido: aquilo que acontece dentro dele e aquilo que pode ocorrer a partir dele.

Bom Senso FC e sua pauta, manifestações sociais durante a Copa do Mundo, Jogos Olímpicos, eleições majoritárias no país e na CBF, são catalisadores e ótimo meio de cultura para nos debruçarmos sobre.

A reassunção de fé no papel que o futebol ocupa na nossa sociedade e, principalmente, naquilo que ele ainda pode desempenhar num país como o Brasil – inclusivo e responsável – serve de conteúdo riquíssimo para, de certa forma, aportarmos pequena contribuição ao que o movimento vem defendendo, com o endosso, ressonância e prestígio da Universidade do Futebol:

Por um futebol melhor
para quem joga,
para quem torce,
para quem apita,
para quem transmite,
para quem patrocina.
Por um futebol melhor para todos.

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